O nível de inadimplência dos
consumidores brasileiros deve ser menor no segundo semestre em relação
ao patamar visto na primeira metade do ano, conforme estimativa da
Serasa Experian.
O indicador de perspectiva da inadimplência da empresa de
análise de crédito recuou 1,4 por cento em março, para 98,2 pontos, após
uma série de quedas mensais desde o terceiro trimestre de 2011.
Menor ritmo de crescimento do endividamento do consumidor,
maior rigor na concessão de crédito por parte de agentes financeiros e
continuidade dos ganhos salariais acima da inflação são apontados pelos
economistas da Serasa como fatores que devem sustentar o movimento de
recuo gradual da inadimplência.
Em abril, a inadimplência dos consumidores brasileiros
aumentou 23,7 por cento na comparação com o mesmo mês em 2011 e subiu
4,8 por cento em relação a março, a maior variação mensal para abril
desde 2002.
No caso das empresas, o indicador de perspectiva da
inadimplência cresceu 0,8 por cento em março, a menor taxa de expansão
em seis meses. O resultado, apesar de desfavorável, aponta para um
enfraquecimento da deterioração do quadro de inadimplência das empresas,
segundo a Serasa.
"O lento processo de reativação do crescimento econômico, o
nível ainda elevado da inadimplência dos consumidores e a fraca
conjuntura internacional tenderão a manter pressionado o nível de
inadimplemento das empresas ao longo dos próximos meses", afirmaram os
economistas.
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