Se a taxa básica de juros atingir 8,5% no dia 30 de maio, cadernetas vão render menos
Começa
a vigorar nesta sexta-feira (4) a nova regra para os rendimentos da
poupança. A mudança, definida por uma medida provisória, valerá apenas
para novos depósitos, ou seja, para novas aplicações em contas antigas e
para todos os depósitos de contas novas.
Cada vez que a taxa básica de juros, a Selic, chegar a 8,5% ou menos, as cadernetas de poupança terão rendimento anual inferior aos 6,17% praticados atualmente.
Isso irá ocorrer porque o rendimento da poupança passará a ser atrelado à Selic sempre que a taxa chegar ao patamar de 8,5% ou menos. Nesses casos, as poupanças vão render 70% da Selic, mais TR (Taxa Referencial). Até então, elas tinham um reajuste fixo em lei de 6,17% ao ano, mais TR.
Hoje, a Selic é de 9% ao ano. O novo valor da taxa básica de juros será conhecido no dia 30 de maio, após reunião do Copom (Comitê Político Monetário).
Na prática, o poupador vai sentir queda no rendimento das suas aplicações, que deverão render o mesmo que outros fundos de investimento.
A mudança foi anunciada na última quinta-feira (3) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele reforçou que a poupança continua sendo um bom investimento.
— Não tenho a menor ideia do que vai acontecer com a taxa Selic, mas não queremos ser responsáveis sobre o que pode acontecer se a taxa cair mais. Se a taxa vai baixar ou não, não tenho a menor ideia. Mas, pela evolução do cenário, nós temos que deixar o sistema pronto para que a taxa caia. A caderneta continua sendo um dos melhores investimentos para a maioria da população. A poupança vai continuar crescendo, ela não paga Imposto de Renda, não paga taxa de administração.
Apoio
Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, a proposta tem o apoio do movimento sindical.
— Do lado da Força Sindical, a gente achou que como não vai mexer nas poupanças atuais, isso é positivo e nós tendemos apoiar.
O governo justifica que as modificações servirão para permitir maior queda na taxa básica de juros, cotada atualmente em 9%. Isso acontece porque a poupança tornou-se um piso da Selic e é preciso que as cadernetas rendam menos para que a taxa básica possa diminuir e chegar a patamares dos países desenvolvidos, como quer a presidente Dilma Rousseff.
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, também aprovou a mudança.
— A presidente ouviu os anseios dos empresários. Essa medida é positiva. Para se ter juros baixos era preciso mexer na poupança.
Fundos de investimento
Guido Mantega destacou, ainda, que as instituições bancárias deverão diminuir as taxas de administração de outros fundos de investimento para que elas fiquem competitivas com a poupança. Isso deve acontecer, segundo ele, porque as cadernetas, que não pagam taxa de administração ou sofrem débito do Imposto de Renda, vão ficar mais atrativas para os poupadores.
O Presidente Nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique, é a favor da medida, mas diz que é preciso ainda “analisar os impactos em outros fundos”.
Atualmente, o Brasil computa 100 milhões de cadernetas de poupança e R$ 431 bilhões poupados.
Cada vez que a taxa básica de juros, a Selic, chegar a 8,5% ou menos, as cadernetas de poupança terão rendimento anual inferior aos 6,17% praticados atualmente.
Isso irá ocorrer porque o rendimento da poupança passará a ser atrelado à Selic sempre que a taxa chegar ao patamar de 8,5% ou menos. Nesses casos, as poupanças vão render 70% da Selic, mais TR (Taxa Referencial). Até então, elas tinham um reajuste fixo em lei de 6,17% ao ano, mais TR.
Hoje, a Selic é de 9% ao ano. O novo valor da taxa básica de juros será conhecido no dia 30 de maio, após reunião do Copom (Comitê Político Monetário).
Na prática, o poupador vai sentir queda no rendimento das suas aplicações, que deverão render o mesmo que outros fundos de investimento.
A mudança foi anunciada na última quinta-feira (3) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele reforçou que a poupança continua sendo um bom investimento.
— Não tenho a menor ideia do que vai acontecer com a taxa Selic, mas não queremos ser responsáveis sobre o que pode acontecer se a taxa cair mais. Se a taxa vai baixar ou não, não tenho a menor ideia. Mas, pela evolução do cenário, nós temos que deixar o sistema pronto para que a taxa caia. A caderneta continua sendo um dos melhores investimentos para a maioria da população. A poupança vai continuar crescendo, ela não paga Imposto de Renda, não paga taxa de administração.
Apoio
Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, a proposta tem o apoio do movimento sindical.
— Do lado da Força Sindical, a gente achou que como não vai mexer nas poupanças atuais, isso é positivo e nós tendemos apoiar.
O governo justifica que as modificações servirão para permitir maior queda na taxa básica de juros, cotada atualmente em 9%. Isso acontece porque a poupança tornou-se um piso da Selic e é preciso que as cadernetas rendam menos para que a taxa básica possa diminuir e chegar a patamares dos países desenvolvidos, como quer a presidente Dilma Rousseff.
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, também aprovou a mudança.
— A presidente ouviu os anseios dos empresários. Essa medida é positiva. Para se ter juros baixos era preciso mexer na poupança.
Fundos de investimento
Guido Mantega destacou, ainda, que as instituições bancárias deverão diminuir as taxas de administração de outros fundos de investimento para que elas fiquem competitivas com a poupança. Isso deve acontecer, segundo ele, porque as cadernetas, que não pagam taxa de administração ou sofrem débito do Imposto de Renda, vão ficar mais atrativas para os poupadores.
O Presidente Nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique, é a favor da medida, mas diz que é preciso ainda “analisar os impactos em outros fundos”.
Atualmente, o Brasil computa 100 milhões de cadernetas de poupança e R$ 431 bilhões poupados.
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