Não há dúvida de que todos os profissionais que buscam o
sucesso precisam estar sempre preocupados com qualificação. Porém, será
que todas as formas de capacitação são reconhecidas pelo mercado? O
ensino a distância, por exemplo, ainda gera muita desconfiança sobre sua
real eficácia. Mas, será que isso é puro preconceito ou realmente é uma
modalidade de ensino menos eficiente?
Para o diretor da FGV Online, Stavros Xanthopoylos, as dúvidas em
torno do ensino a distância é algo muito mais cultural do que qualquer
outra coisa. Cultural, pois a sociedade é bastante resistente às
mudanças de uma forma geral. Porém, conforme pontua o diretor, já existe
um grande questionamento em torno do tradicional método ensino, ou
seja, sala de aula, alunos e professor.
Muitos estudiosos, pedagogos, e os próprios alunos já estão se
questionando se o modelo padrão de ensino realmente é o melhor. Ainda,
em relação ao ensino a distância, é um tanto quanto contraditório as
pessoas nutrirem preconceito se as ferramentas utilizadas por essa
modalidade de ensino são as mesmas usadas no dia a dia, tanto da vida
profissional quanto pessoal.
Ou seja, usamos o computador e a internet, com todos os seus
recursos, como vídeos e chat, rotineiramente. Assim, se já estamos
acostumados e completamente adaptados a esses recursos, por que, então,
não aceitamos o ensino a distância, que utiliza os mesmos itens?
Olhando para o futuro, Stavros acredita que o modelo de ensino que
vingará terá um formato misto. Ou seja, parte a distância e parte
presencial. Os alunos usarão o espaço virtual para se preparem antes do
encontro com os professores. Assim, quando estiverem na sala de aula, a
troca de conhecimento será muito mais intensa e a experiência, muito
mais rica do que é atualmente.
Os mitos que rondam o ensino a distânciaVale
pontuar, porém, que existe alguns mitos sobre o ensino a distância.
Primeiro, ele não é para qualquer um. É importante que o interessado
tenha consciência que essa modalidade exige um perfil específico. Ou
seja, uma pessoa que tem a capacidade de sentar na frente de um
computador e se dedicar ao estudo.
Além disso, o ensino a distância não é tão flexível quanto se pensa.
Existe um calendário de atividades e é preciso comparecer a encontros
presenciais, sobretudo, para a realização de provas. “O que falam sobre
ser a qualquer hora e em qualquer lugar, é relativo”, diz Stavros.
Os cuidadosCaso tenha decidido por um curso na
modalidade a distância, vale observar algumas dicas. Na hora da escolha,
veja se a instituição é reconhecida pelo MEC (Ministério da Educação).
Qualquer modalidade de ensino deve ser reconhecida pelo MEC para que o
diploma tenha validade. Analise atentamente as disciplinas e o conteúdo
programático. Certifique-se de que você terá um tutor e muita atenção ao
material.
Ainda, verifique se há suporte técnico e as credenciais da instituição. Ou seja, se é reconhecida pelo mercado.
Modalidade aprovadaO empresário Celso Vieira
Junior cursa a modalidade a distância de Administração de Empresas na
Fagen/UFU (Faculdade de Gestão de Negócios da Universidade Federal de
Uberlândia). Para Vieira, o curso é bastante sério, já que os prazos
estipulados e combinados são cumpridos. Além disso, “a grade é a mesma
da presencial; e os critérios de avaliação são claros e cumpridos pelos
professores”, diz.
Já na fase do TCC (trabalho de conclusão de curso) Vieira aponta como
sendo bastante positivo o fato de que “a bibliografia é atualizada e há
preocupação dos docentes com a aplicabilidade dos conceitos no mercado
de trabalho”. Além disso, destaca que seu tutor é muito bom e que a
afinidade que teve com ele permitiu um grande aprendizado, “quando há
afinidade pessoal com o tutor, asseguro que se aprende muito mais do que
no ensino presencial”, diz Vieira.
Apesar de morar em São Paulo e ter que viajar para Uberlândia algumas
vezes por mês, o empresário não destaca isso como algo negativo, “adoro
quando tenho que viajar e ficar um pouco sozinho. Nesses seis anos tive
tutores ótimos com quem desenvolvi várias ideias interessantes, que
eram formalizadas ali, na viagem; Muitas vezes, depois das provas,
ficava conversando com os tutores, sobre os conceitos aprendidos”,
lembra Vieira.
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