Os preços para a população de baixa renda tiveram aumento em outubro, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgada nesta terça-feira (12). O resultado foi influenciado pelo aumento dos preços dos grupos de gastos relativos a alimentos.
O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a variação de preços para famílias com renda de até 2,5 salários mínimos mensais, mostrou avanço de 0,73% no mês passado, após alta de 0,16% em setembro.
Com este resultado, o indicador acumula alta de 3,72% no ano e, de 4,97% em 12 meses. O teto da meta de inflação do governo federal, que utiliza o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE, como base, é de 6,5%. Em outubro, segundo divulgado pelo IBGE, o IPCA acumulou alta menor, de 5,84%.
Em outubro, o IPC-BR (das famílias com renda de até 33 salários) registrou variação positiva de 0,55% e, em 12 meses, acumulou alta de 5,36%, nível acima do registrado pela inflação da baixa renda.
Dos oito tipos de despesa cujos preços são analisados pela FGV, apresentaram aumento na variação: alimentação (de -0,16% para 1,13%); transportes (de -0,27% para 0,26%); habitação (de 0,53% para 0,69%); saúde e cuidados pessoais (de 0,33% para 0,58%); educação, leitura e recreação (de 0,14% para 0,60%); despesas diversas (de 0,05% para 0,26%) e comunicação (0,07% para 0,44%).
Nestes grupos, os destaques partiram de hortaliças e legumes (de -13,63% para 0,34%), tarifa de ônibus urbano (de -0,48% para 0,49%), gás de bujão (de 1,24% para 2,40%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,37% para 1,05%), salas de espetáculo (de -0,58% para 0,64%), alimentos para animais domésticos (de 0,18% para 1,52%) e tarifa de telefone móvel (de -0,23% para 1,16%).
Na contramão, os preços relativos a vestuário subiram menos, de 0,90% para 0,69%, com a maior influência partindo da variação dos calçados, cuja taxa passou de 0,95% para 0,20%
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