sexta-feira, 11 de julho de 2014

Risco de faltar energia no país neste ano cai a zero, diz governo


O risco de faltar energia elétrica para atender à demanda das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste neste ano caiu de 2,5% para zero, informou nesta quinta-feira (10) o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
A análise leva em consideração a atual situação dos reservatórios das hidrelétricas, a previsão de chuvas para os próximos meses e as termelétricas em operação.
A melhora se deve às chuvas registradas nas bacias dos rios que abastecem os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste, onde estão hidrelétricas responsáveis por 70% da capacidade de geração de energia no país. De acordo com o CMSE, choveu em junho o equivalente a 102% da média histórica para o período nas duas regiões. 
Abaixo do normal
A chuva, porém, não foi suficiente para elevar consideravelmente o nível desses reservatórios, que continuam com o armazenamento abaixo do normal para essa época. No Nordeste, as chuvas ficaram em 42% da média histórica.
As regiões Sudeste e Centro-Oeste sofreram com falta de chuvas do último verão, quando o normal é que os reservatórios das hidrelétricas se recuperem com as chuvas mais intensas da época. O que se viu, no entanto, foi uma queda acentuada do armazenamento de água, provocando temor de um novo racionamento ainda em 2014 – um risco que foi sempre negado pelo governo.
A situação não é pior porque hoje o país possui uma grande quantidade de usinas termelétricas, que geram energia por meio da queima de combustíveis como óleo e gás. O governo mantem todas as térmicas disponíveis funcionando desde o final do ano passado para poupar água das termelétricas. Elas são responsáveis atualmente por atender a cerca de 20% da demanda do país.
O uso mais intenso das termelétricas, no entanto, gera um custo extra para o setor elétrico, que é repassado aos consumidores, e já está encarecendo contas de luz em alguns estados.
2015
No comunicado divulgado à imprensa, o CMSE também aponta que o risco de faltar energia para atender à demanda nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste em 2015 é de 4%, para as duas primeiras, e de zero, para a última. Esse é a mesma previsão divulgada em junho.
Fonte: G1

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