A taxa de desemprego no país manteve-se praticamente estável no mês
de junho, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Fundação
Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No mês
passado, o total de desempregados era 2,25 milhões, cerca de 14 mil
pessoas a menos que em maio. A taxa de desemprego passou de 10,9% em
maio para 10,8% em junho.
O nível de ocupação também registrou
estabilidade no mês de junho. Foram criados 25 mil postos de trabalho,
número superior ao de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho,
que foram 11 mil trabalhadores. O total de ocupados foi estimado em 18,6
milhões de pessoas e a população economicamente ativa, 20,8 milhões de
pessoas.
Na comparação por regiões metropolitanas, Salvador
registrou a maior taxa de desemprego em junho, 18,2% ante 17,5% em maio.
Recife contabilizou 12,9% de desempregados em junho, ante 12,8% no mês
anterior. Em São Paulo, a taxa de desempregados foi 11,3% em junho ante
11,4% em maio.
Em Belo Horizonte, a taxa de desemprego foi 7,8%
em junho e no mês anterior era 8,1%. Fortaleza apresentou taxa de 7,4%
de desemprego, alta de um ponto percentual em relação a maio. Porto
Alegre registrou 5,7% de taxa de desemprego em junho, ante 6,2% em maio.
Alexandre
Loloian, coordenador técnico do Seade, destaca o desempenho do nível de
ocupação no comércio na região metropolitana de São Paulo, que caiu
1,4% em junho em relação a maio, ou seja, 22 mil postos de trabalho
foram eliminados.
“O desempenho do comércio no primeiro semestre
está abaixo, mas a tendência é que isso se eleve. Tradicionalmente, o
segundo semestre, no caso do comércio, é de recuperação do nível de
atividade”, avalia. Segundo ele, é provável que esse resultado ruim em
São Paulo esteja relacionado à Copa, já que a substituição do turismo de
negócio pelo da Copa foi prejudicial para o segmento.
Em todo o
país, o rendimento médio do trabalhador com alguma ocupação chegou a R$
1.725 em junho, o que significa uma queda de 0,9% na comparação com
maio. No caso dos funcionários assalariados, o valor foi R$ 1.728 -
redução de 1,2% em relação a maio.
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