De acordo com estudo, 47% dos consumidores entrevistados contratam o crédito para pagar dívidas como as do cartão de crédito.
Uma pesquisa realizada pelo Portal Meu Bolso Feliz, iniciativa de Educação Financeira do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), revela que três em cada dez brasileiros (34%) já fizeram empréstimos consignados. Com a taxa de empregabilidade brasileira estável, esse tipo de empréstimo é cada vez mais utilizado no país.
O crédito consignado nada mais é que um tipo de empréstimo cobrado do salário ou da aposentadoria antes mesmo que o trabalhador ou o aposentado possa por as mãos nesse dinheiro. Como o risco de calote para quem empresta o dinheiro é muito pequeno – já que as parcelas da dívida são descontadas diretamente do rendimento da pessoa que toma o dinheiro emprestado – essa modalidade de crédito é uma das mais baratas e mais populares do mercado.
"O empréstimo consignado oferece a vantagem de pegar dinheiro emprestado a juros muito baixos. Por outro lado, a pessoa que toma esse tipo de crédito precisa aprender a conviver com um salário ou renda menor", alerta o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.
Outra informação fundamental diz respeito ao limite máximo que essa linha de empréstimo admite. De acordo com as determinações do Banco Central, o valor da parcela do empréstimo não pode ser maior do que 30% do salário ou da aposentadoria da pessoa que toma emprestado. Sendo assim, se um trabalhador ganha R$ 1,8 mil por mês, o valor de cada parcela não pode ser maior do que R$ 600.
Em qual situação contratá-lo?
A pesquisa do Portal Meu Bolso Feliz perguntou para os consumidores sobre a situação em que eles contrataram o empréstimo consignado. "Pagar dívidas de outros empréstimos como as do cartão de crédito" aparecem em primeiro lugar, com 47% das respostas, seguidas de "comprar eletrodomésticos e móveis", com 15% e "pagar contas como aluguel, condomínio, luz, telefone, escola", com 14% das respostas.
"O crédito consignado deve ser acionado em situações de sufoco como pagar uma dívida muito cara, por exemplo, ou o rotativo do cartão de crédito, que cobra um dos juros mais caros do mercado. Ou em situações de emergência quando o consumidor se sente naquela situação em que o teto da casa cai", orienta José Vignoli.
Por outro lado, segundo o orientador financeiro, pagar contas ou comprar eletrodomésticos são situações que devem ser programadas com antecedência e podem perfeitamente ser encaixadas no orçamento da família.
"O crédito foi criado para ser usado e para realizar sonhos importantes, em situações em que muitas vezes não poderiam ser concretizadas de imediato. Porém, precisa ser utilizado com sabedoria e planejamento para que o sonho não se torne uma dívida", diz o educador.
Quem pode pedir esse empréstimo?
Basicamente os trabalhadores com carteira assinada (desde que o empregador tenha convênio com o banco), os funcionários públicos, os pensionistas e os aposentados.
Os bancos em geral tendem a dar condições melhores aos funcionários públicos e aos aposentados por conta da estabilidade nos recebimentos que em médi esse tipo de pessoa tem.
"O fator mais determinante para calcular o custo do juro é o risco de calote de quem empresta o dinheiro. Por exemplo: como um trabalhador de empresa privada tem maiores chances de ser demitido do que um servidor público, é natural que o servidor, por conta da sua estabilidade, consiga empréstimos em melhores condições do que o trabalhador de empresa privada", explica Vignoli.
Fonte: Consumidor Moderno
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