A inflação do aluguel, medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) avançou 0,76%, em janeiro. No mês anterior, a alta havia sido de 0,62%. E no mesmo mês de 2014, o aumento foi de 0,48%.
Com isso, o indicador acumula alta de 3,98% em 12 meses. Esse é o valor que será usado para reajustar os contratos de aluguel que fazem aniversário neste mês.
Na prática, um contrato de aluguel de R$ 1.000 mensais, com vencimento em fevereiro, terá um aumento de R$ 39,80 ao mês (referente aos 3,98%), passando para R$ 1.039,80.
O novo valor deve ser válido para o período entre fevereiro deste ano e janeiro de 2016 ou até o encerramento previsto no contrato.
O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. Os itens que mais contribuíram para essa alta foram a batata-inglesa, o feijão (em grão), a tarifa de energia elétrica residencial e o vale-transporte.
Indicadores
O IGP-M é a média aritmética ponderada de três outros índices de preços: IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), com 60%; IPC (Índice de Preços ao Consumidor), com 30%; e INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), com 10%.
O IPA apresentou taxa de variação de 0,56%. No mês anterior, a taxa foi de 0,63%. O índice relativo aos Bens Finais variou 1,57%, em janeiro. Em dezembro, este grupo de produtos mostrou variação de 1,05%.
Contribuiu para esse avanço o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 3,69% para 11,74%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 0,59%. Em dezembro, a taxa foi de 0,73%.
O índice referente ao grupo Bens Intermediários variou 0,51%. Em dezembro, a taxa foi de 0,69%. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,56% para 0,32%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,48%, ante 0,52%, em dezembro.
No estágio inicial da produção, o índice do grupo Matérias-Primas Brutas variou -0,60%, em janeiro. Em dezembro, o índice registrou variação de 0,05%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram: milho (em grão) (9,75% para -0,49%), soja (em grão) (1,69% para -0,74%)e bovinos (3,59% para 1,00%). Em sentido oposto, destacam-se: mandioca (aipim) (0,45% para 12,67%), suínos (-9,41% para 0,21%) e leite in natura (-5,10% para -2,52%).
O IPC registrou variação de 1,35%, em janeiro, ante 0,76%, em dezembro. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Alimentação (0,85% para 1,66%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 5,59% para 13,68%.
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos:
Habitação (0,79% para 1,59%);
Transportes (0,73% para 1,48%);
Educação, Leitura e Recreação (1,23% para 2,35%);
Despesas Diversas (0,19% para 1,26%); e
Comunicação (0,53% para 0,55%).
Nestas classes de despesa, os destaques partiram dos itens: tarifa de eletricidade residencial (3,33% para 7,29%), tarifa de ônibus urbano (-0,04% para 5,38%), cursos formais (0,00% para 5,62%), cigarros (-0,08% para 1,96%) e pacotes de telefonia fixa e internet (0,52% para 1,74%), respectivamente.
Em contrapartida, apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos:
Saúde e Cuidados Pessoais (0,56% para 0,31%); e
Vestuário (0,59% para 0,00%).
Nestas classes de despesa, os destaques partiram dos itens: artigos de higiene e cuidado pessoal (0,24% para -0,40%) e roupas (0,83% para -0,13%), respectivamente.
O INCC registrou, em janeiro, variação de 0,70%, acima do resultado de dezembro, de 0,25%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,62%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,27%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 0,77%. No mês anterior, este índice registrou taxa de 0,24%
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