O número de famílias endividadas ou inadimplentes caiu 1,8 ponto
percentual em janeiro deste ano, em relação a dezembro do ano passado,
passando de 59,3% para 57,5%. A constatação está na Pesquisa de
Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada hoje (29) pela
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Segundo
o levantamento, em relação ao mês de janeiro do ano passado, a queda é
maior: 5,9 pontos percentuais. Em janeiro do ano passado, o percentual
de famílias que relataram à CNC ter dívidas – cheque pré-datado, cartão
de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal,
prestação de carro e seguros – foi 63,4%.
Acompanhando a queda do
percentual de famílias endividadas, o índice das que têm dívidas ou
contas em atraso diminuiu na comparação mensal, de 18,5% para 17,8% do
total. Também houve queda no percentual de inadimplentes em relação a
janeiro de 2014, quando esse indicador ficou em 19,5% do total.
O
percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar contas
ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes subiu
apenas na comparação mensal, recuando em relação ao mesmo período do
ano anterior. O índice ficou em 6,4% em janeiro de 2015, maior que os
5,8% de dezembro de 2014, mas inferior aos 6,5% de janeiro de 2014.
Segundo
a economista da CNC Marianne Hanson, agora em janeiro, o percentual de
famílias com dívidas recuou, alcançando o mais baixo patamar desde junho
de 2012. “O resultado acompanhou tendência observada no último
trimestre de 2014, quando a cautela do consumidor em relação ao consumo,
as taxas de juros mais elevadas e os recursos extras recebidos com o
décimo terceiro salário levaram à redução, não apenas do endividamento,
mas também dos indicadores de inadimplência”, disse Marianne.
De
acordo com a economista, a diminuição do número de famílias com contas
ou dívidas, tanto na comparação mensal quanto em relação ao mesmo
período do ano anterior, “reflete a moderação do crescimento do crédito
para as famílias e o perfil mais favorável de endividamento,
concentrando-se em modalidades de risco mais baixo e prazos mais longos,
o que melhorou a percepção das famílias em relação ao seu endividamento
e manteve a inadimplência em patamares baixos.”
Fonte: EBC
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