A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a taxa de juros básica da economia (taxa Selic), de 11,75% para 12,25%, beneficia os investimentos em renda fixa, como fundos DI, CDBs, LCIs e LCAs.
Quem tem dinheiro para aplicar vai ganhar mais juros investindo nessas
modalidades que pagam uma porcentagem do CDI, taxa fixada diariamente
pelos bancos e que acompanha a evolução da taxa básica de juros.
Poupança não é indicada
O investimento em poupança não é indicado pelos especialistas porque
paga uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais TR, o que acaba fazendo com que
não seja um investimento tão atraente agora que as taxas de juros estão
em elevação.
Segundo cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a rentabilidade da poupança é superior apenas quando os fundos têm altas taxas de administração,
acima de 3% ao ano. Quando a taxa de administração é de 2% ao ano, a
poupança ganha do fundo apenas se o dinheiro for retirado em menos de
seis meses.
Além disso, a inflação também corrói os rendimentos
da aplicação. "Há muitas aplicações melhores que a poupança", diz o
planejador financeiro pessoal Rogério Nakata, da empresa Economia
Comportamental.
Títulos do Tesouro x fundos
Ele sugere
investir em títulos do Tesouro Direto atrelados à taxa Selic. "Prefiro o
Tesouro Direto ao investimento em fundos, pois o investidor não precisa
pagar taxa de administração e consegue fazer o investimento sem
intermediários", diz.
Mas, se o investidor preferir investir por
meio de fundos, Nakata sugere procurar fundos que cobrem taxas de
administração inferiores a 1%.
LCAs, LCIs, títulos pré e pós-fixados
Para Pedro Afonso, diretor de investimentos da TOV Corretora, LCAs e
LCIs devem continuar atraindo os investidores, principalmente pela
isenção de Imposto de Renda. "Com a isenção, uma LCI que pague 95% do
CDI em seis meses equivale a um CDB que pague 120% do CDI no mesmo
período."
Raphael Juan, gestor da BBT Asset, diz que o governo
já sinalizou com o fim dessa isenção de IR para as LCIs e LCAs e
aconselha cautela. Para ele, a melhor aplicação nesse momento são
títulos prefixados ou até mesmo os pós-fixados. "Acredito que a
rentabilidade desses títulos atinja 1% ao mês", diz.
Ele afirma
que o investimento deve ser feito em títulos de curto prazo, no máximo
até 2018. "Em 2016, os juros devem começar a cair."
NTN-Bs
Quem quer investir em títulos do Tesouro indexados à inflação deve
escolher com cuidado o prazo do investimento. "Quem sair antes da data
de vencimento do título pode sofrer com as oscilações do papel", afirma
Pedro Afonso. "Na minha opinião, as NTN-Bs já se valorizaram bastante.
Eu prefiro os títulos prefixados, se a questão é correr um pouco mais de
risco no momento", diz Raphael Juan.
Bolsa e dólar
Num cenário de juros elevados, a Bolsa costuma não ter um bom
desempenho, já que os investidores não precisam correr tantos riscos
para obterem boa rentabilidade.
Afonso só aconselha o
investimento em Bolsa no momento para quem tem uma quantia maior de
dinheiro para investir e que possibilite a diversificação.
"A situação está muito incerta, com crise hídrica e elétrica. É um ano de ajustes", diz.
"A situação está muito incerta, com crise hídrica e elétrica. É um ano de ajustes", diz.
O investimento em dólar não é aconselhado pelos especialistas, a não
ser que a pessoa pretenda fazer gastos na moeda estrangeira.
Fonte: Uol
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