O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), do Instituto Brasileiro de
Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou queda de
6,7% em janeiro em relação a dezembro de 2014, passando de 96,2 para
89,8 pontos. Desde setembro de 2005, este é o menor nível da série
histórica do índice.
Os dados foram divulgados hoje (26) pelo
Ibre e indicam que a queda foi motivada pelo agravamento da situação e
pela falta de expectativas.
Entre dezembro de 2014 e janeiro de
2015, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu de 96,8 para 88,5 pontos
(8,6%), enquanto o Índice de Expectativas (IE) reduziu 6,2%, recuando de
96,8 para 90,8 pontos. Os dois índices estão em seus níveis mínimos
históricos.
Segundo a economista Tabi Thuler Santos, do Ibre/FGV,
“a queda do ICC em janeiro é a sequência da tendência observada ao
longo do ano passado e parece refletir aumento da preocupação com o
mercado de trabalho e com a inflação”.
A maior contribuição
negativa para a queda do ISA vem do indicador que mede o grau de
satisfação com o quadro econômico. A proporção de consumidores afirmando
que a situação está boa caiu de 8,7%, em dezembro, para 6,0% em
janeiro, equivalente a 2,7 pontos percentuais. No mesmo período, a
parcela dos que a consideram ruim aumentou de 54,6% para 61,8%.
As
expectativas também não são favoráveis em relação ao futuro. O
indicador de otimismo com a situação econômica nos seis meses seguintes
caiu de 92,5 para 77,6 pontos. Já a parcela de consumidores prevendo
melhora diminuiu de 23,3% para 16,6%. O grupo dos pessimistas subiu de
30,8% para 39,0%.
A edição de janeiro de 2015 coletou informações
de 1.820 domicílios entre os dias 2 e 21 de janeiro. A próxima
divulgação da Sondagem do Consumidor ocorrerá em 25 de fevereiro.
Fonte: EBC
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