A arrecadação de impostos e contribuições federais no mês de maio
ficou em R$ 91,5 bilhões, informou hoje (25) a Receita Federal. A queda é
4,03% em relação a maio de 2014, descontada a inflação oficial pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A arrecadação foi a
menor para o mês desde 2010, em valores corrigidos pelo mesmo índice,
quando foi registrado R$ 86,1 bilhões.
Com o resultado de abril, a
arrecadação federal no acumulado do ano soma R$ 510,117 bilhões, com
queda de 2,95% também descontada a inflação pelo IPCA. Segundo o Fisco, a
redução da arrecadação é decorrente da redução de 21,33% no mês de maio
e de 7,44% no acumulado do ano na arrecadação do Imposto de Renda da
Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, tributos
que refletem a dinâmica da economia no setor produtivo.
Outro
fator foram as desonerações tributárias, que totalizaram no acumulado do
ano R$ 47,1 bilhões. Influenciaram ainda no período de dezembro a
abril, como fato gerador da arrecadação em maio, o saldo negativo da
produção industrial de 5,7%, a queda na venda de bens em 5,15%, e o
recuo no valor em dólar das importações de 23,17%. A massa salarial, no
entanto, registrou crescimento de 6,17%.
Para diminuir os custos
das desonerações, a equipe econômica está revertendo parte dos
benefícios fiscais concedidos nos últimos anos para aquecer a economia
ante a crise iniciada em 2008. No Congresso Nacional, deve terminar hoje
a votação que muda as regras de desoneração da folha de pagamento de 56
setores da economia. Esta é a última proposta do governo sobre o ajuste
fiscal encaminhada à apreciação do Congresso.
Fonte: Agência Brasil
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