Especialistas indicam onde buscar dinheiro mais barato
Diante do crescente aumento da taxa básica de juros do país e do alto índice de desemprego, o cartão de crédito, com taxa de 12,34% ao mês, deixa de ser uma facilidade e pode levar o brasileiro a inadimplência. Apesar de ser amplamente usado no país, o crédito rotativo passa longe de ser a melhor opção para quem se endivida.
Levantamento da
Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e
Contabilidade (Anefac) mostra que o cartão perde para todas as outras
opções e deve ser evitado (confira ao lado). O crédito consignado
aparece com a menor taxa, com juros de apenas 2,01% ao mês.
Segundo Miguel de Oliveira, diretor-executivo da Anefac, uma dívida
de R$ 1.500, tem juros de R$ 185,10 ao mês no crédito rotativo. O mesmo
débito no crédito consignado apresenta apenas R$ 30,15 de juros. De
acordo com relatório mensal do Banco Central sobre crédito, a taxa mais
alta de março para abril é a do rotativo do cartão de crédito, que subiu
1,7 ponto percentual e chegou a 347,5% ao ano. Já a taxa média das
compras, com juros do parcelamento da fatura do cartão de crédito e dos
saques parcelados subiu 3,1 pontos percentuais, chegando a 114,6% ao
ano.
Para Miguel de Oliveira, essas elevações são reflexo de um
cenário econômico favorável à inadimplência. “Há uma tendência de que as
taxas de juros das operações de crédito voltem a subir nos próximos
meses diante desse cenário”, diz. Oliveira orienta a não gastar além da
renda. “Elabore um orçamento e defina os gastos considerando a renda
disponível, e não essa renda mais o crédito. Além disso, tenha uma
reserva para gastos inesperados”, sugere o diretor da Anefac.
O
endividamento afeta até mesmo os relacionamentos. Em recente pesquisa da
Experian, concluiu-se que 56% dos divórcios nos últimos seis anos foram
causados por questões financeiras. Professor do Ibmec-RJ, Gilberto
Braga diz que em caso de cartões de contas conjuntas, o importante é
definir previamente as responsabilidades. “O grau de prioridades varia
muito de uma pessoa para a outra. Conversar é fundamental”, esclarece.
Braga
ressalta também que os programas de pontos dos cartões de créditos
podem ser grandes armadilhas. “O importante é que os produtos ou
serviços trocados pelos pontos do cartão não sejam os reais motivos para
o financiamento”, diz.
Compare e pague menos no crédito
Fonte: O Dia
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