Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam
um encolhimento um pouco maior da economia, este ano. A estimativa para a
queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e
serviços produzidos no país, passou de 3,16% para 3,20%. Para 2017, a
previsão de crescimento subiu de 1,23% para 1,30%. As projeções fazem
parte de pesquisa feita todas as semanas pelo BC sobre os principais
indicadores da economia.
A projeção das instituições financeiras
para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), foi mantida em 7,34%. Para 2017, a estimativa caiu de
5,14% para 5,12%.
As estimativas estão distantes do centro da
meta de inflação de 4,5%. Para este ano, a projeção ultrapassa também o
limite superior da meta que é 6,5%. O teto da meta em 2017 é 6%.
É
função do BC fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos
instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e,
consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic.
Quando
o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumenta a
Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos
preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a
poupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o
crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a
medida alivia o controle sobre a inflação.
O BC tem que encontrar
equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a
fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho
Monetário Nacional. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano.
A
expectativa das instituições financeiras para a taxa, ao final de 2016,
foi mantida em 13,75% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa para a
taxa básica foi alterada de 11,25% para 11% ao ano.
A projeção para a cotação do dólar passou de R$ 3,29 para R$ 3,26, ao final de 2016, e segue em R$ 3,45 para o fim de 2017.
Fonte: Agência Brasil
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