terça-feira, 18 de outubro de 2016

Os perigos da automedicação

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Veja os cuidados a serem tomados antes de ingerir medicamentos por conta própria; diretor médico do HC Anthony Wong explica como proceder

Uma das principais consequências da facilidade de acesso à informação na internet é a possibilidade de pesquisar sobre medicamentos, seus efeitos e prescrições. Mas o pior é que muitas pessoas passaram a decidir por conta própria o que, como, quando e quanto tomar. E todos os médicos alertam para os perigos da automedicação, que pode trazer sérias consequências quando feita da forma errada.
Em primeiro lugar, porque cada organismo tem características próprias, e o que pode ser bom para uma pessoa, não será necessariamente bom para outra. A prática da automedicação é uma das principais causas de mortalidade em países desenvolvidos. Os efeitos adversos do uso indevido de medicamentos, principalmente quando prescritos por terceiros, está entre a quarta ou quinta causa de mortes nos Estados Unidos e a segunda ou terceira em casos de hospitalização ou de prolongamento do tempo de internação.
Existem duas formas de abordar o tema do uso de medicamentos, segundo Anthony Wong, diretor médico responsável pelo Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas. Uma delas é a automedicação responsável ou o uso de remédios que a pessoa já está acostumada a tomar, em que os efeitos já são conhecidos, como nos casos de cólica menstrual ou enxaqueca, por exemplo. Nesses casos, o procedimento pode até ajudar na redução de custos da saúde pública, pois não há necessidade de a pessoa recorrer aos locais de atendimento.
A outra abordagem diz respeito à prescrição de medicamentos por terceiros, que pode ser muito perigosa justamente pela já mencionada diferença que existe entre os organismos de cada pessoa e as diferentes reações que podem ocorrer. É o caso de mães que prescrevem a seus filhos pequenos a mesma medicação recomendada aos adultos, uma atitude irresponsável que pode acarretar graves consequências.
No caso de medicamentos que dispensam prescrição médica, seu uso deve ser por tempo limitado e, se os sintomas não cessarem, é imprescindível procurar o médico para uma avaliação mais detalhada. Ainda segundo Wong, a publicidade indiscriminada de medicamentos também é prejudicial e induz ao uso incorreto.
Se a prescrição indevida de medicamentos é prejudicial e pode colocar em risco a vida das pessoas, as consequências também afetam o sistema público de saúde, podendo acarretar custos altos e desnecessários.
Para evitar erros e riscos à saúde, siga as recomendações do Dr. Anthony Wong, listadas abaixo:
1 - Recorra apenas à medicamentos de uso conhecido e que você já está habituado a tomar e conhece os efeitos;
2 - Evite dar palpites e recomendar medicamentos a terceiros;
3 - A diferença entre o veneno e o remédio está na dosagem; Muitas vezes, o mesmo medicamento que cura pode piorar a situação se ingerido de forma excessiva;
4 - Até os medicamentos que não necessitam de prescrição médica, quando tomados de forma errada, podem trazer sérias consequências à saúde;
5 - Evite o uso prolongado desses medicamentos. Se os sintomas persistirem, procure um médico;
6 - O uso indevido de remédios pode trazer graves riscos à saúde das pessoas, além de  elevar o custo do sistema público de saúde devido ao elevado número e ao prolongamento das internações nos hospitais;
7 - Lembre-se: a saúde é nosso bem mais precioso. Não dê palpites sobre medicamentos, essa tarefa é do médico.
Fonte: Governo do Estado de São Paulo

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