O consumo, muitas vezes, pode ser um vício. E comprar de
forma descontrolada, sobretudo, itens desnecessários pode gerar dívidas
difíceis de administrar. Se você se identifica com essa situação, mas
realmente deseja colocar as finanças em ordem, a solução é cortar as
brechas por onde possa haver descontrole das despesas.
A autora do livro “Assuma o controle das suas finanças”, Denise
Campos de Toledo, dá uma série de dicas que podem ajudar nesse processo.
E a primeira delas é começar restringindo seus meios de pagamento.
Embora os consumidores possam ter diversos cartões de crédito, um de
cada banco, se não souber se controlar, é melhor que não tenha.
“Se tiver vários, é melhor cancelar alguns. Fique com apenas um deles
– com o de limite menor – e use-o somente para uma compra planejada”,
sugere. Denise também aconselha os descontrolados a não saírem de casa
com o cartão, assim evita-se as tentações.
A autora reconhece que a culpa não é apenas dos consumidores. Com
tanta propaganda, que nos atinge via televisão, telefone e ofertas
aparentemente irresistíveis, além da facilidade de comprar o mundo na
comodidade do lar - via internet -, perder o controle realmente fica
fácil.
Cuidado com o crédito caroAlém de manter o
cartão de crédito o mais afastado possível das mãos, vá ao banco e peça
uma redução dos limites do cheque especial. É importante entender que
esse limite não é uma renda adicional. Mas, sim, um dinheiro que você
paga para ter acesso. Lembre-se que o limite do cheque especial e o
rotativo do cartão de crédito são as linhas de crédito mais caras do
mercado.
Com um limite reduzido, por mais que você seja descontrolado, o
estrago que vier a fazer será pequeno. Ainda na estratégia de reduzir
suas modalidades de pagamento, evite andar com o talão de cheques.
Quando for sair, leve apenas uma folha – apenas para o caso de uma
emergência.
Gastos rotineirosAté nas compras inevitáveis, ou
seja, aquelas que fazemos rotineiramente como supermercado ou farmácia,
é preciso reduzir as possibilidades de gastar mais do que o previsto,
para não comprometer o orçamento. Nesses casos, a sugestão de Denise é
que o consumidor faça uma lista prévia, calcule o quanto vai custar a
compra e leve apenas o valor suficiente. Mas e se faltar dinheiro? A
resposta é simples: paciência. Priorize as necessidades.
No lazer também vale alguns cuidados. Quando for ao cinema, prefira
os que ficam fora dos shoppings ou galerias. Se não for possível, leve
apenas o dinheiro dos ingressos e da pipoca.
LazerQuando estiver planejando uma viagem,
lembre-se que aqui também é possível sair da linha. Se puder, pague
antecipadamente a maior parte das despesas, como hospedagem, refeição e
até os passeios. Quando já estiver no local, sempre saia do hotel com
pequenas quantias. Gaste somente o que tiver planejado. Caso contrário, a
satisfação das férias poderá se diluir em meio às dívidas.
Outro tema importante e que normalmente complica a vida dos
descontrolados são as liquidações e promoções. Muitos pensam que comprar
produtos em liquidação ou promoção é uma forma inteligente de usar o
dinheiro. Grande engano. “Comprar o que não precisa (mesmo que em
promoção) é jogar dinheiro fora”, diz Denise.
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