A
partir desta sexta-feira (18), o Brasil passa a ter um conjunto de
regras para reforma de imóveis. São normas técnicas e quem não segui-las
pode ser responsabilizado caso a obra cause algum tipo de problema.
É
quase automático. Quem compra um apartamento sempre quer dar uma
mexidinha. “Mexemos na hidráulica dessa pia, que estava vazando, sem
arquiteto, sem engenheiro”, diz Cida Cota, corretora de imóveis.
De
acordo com as novas regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas
toda obra estrutural dentro de um apartamento ou casa vai precisar de um
arquiteto ou engenheiro. E parte estrutural não é só parede não.
Em
um apartamento dá para ter uma boa ideia do tamanho da mudança nas
regras para se fazer uma reforma. O proprietário está trocando o piso.
Muita gente já fez uma reforma parecida com essa, sem chamar um
arquiteto ou um engenheiro, apenas contratando um pedreiro de confiança.
E colocar tomada nova, mudar torneira de lugar, mexer na instalação de
gás também são obras estruturais. “Se tiver que pegar um arquiteto pra
assinar a obra, vai sair mais caro que a obra”, comenta a corretora.
O que fica liberado são as reformas bem básicas mesmo, como pinturas.
As
novas regras nasceram depois de tragédias como a do edifício Liberdade,
no Rio, que desabou em janeiro de 2012 matando 17 pessoas.
O
vice-presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo explica que, por
mais simples que pareçam, pequenas obras podem trazer grandes riscos.
“Você
tem que saber se o piso que vai colocar é piso que a laje está
programada para aquele peso a ser instalado. Às vezes um curto circuito
gera um incêndio de níveis catastróficos”, explica Hubert Gebara,
vice-presidente do Secovi.
O
Sindicato apoia as normas, mas tem ressalvas quanto a um item: o que
exige que reformas sejam aprovadas e acompanhadas pelo síndico. “O
sindico vai ter condição de analisar projeto por projeto? Então o
síndico vai ter que contratar um escritório de engenharia”, aponta o
Gebara.
De
acordo com a ABNT o que a norma faz é reunir e organizar em uma espécie
de roteiro as obrigações que já estão na lei. Inclusive essa
responsabilidade do síndico.
“A
norma não muda isso, ela ressalta isso, ela cria um bojo e informações
para que a pessoa se oriente melhor quando ela for fazer a reforma”,
declara Ricardo Pina, coordenador da norma da ABNT.
Fonte: Jornal Nacinal
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