O valor acumulado da cesta básica em 2014 aumentou em 17 das 18
capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese). A exceção foi Natal, que apresentou
recuo de 1,7%. A maior alta foi verificada em Brasília, com variação de
13,79%, seguida por Aracaju (13,34%) e Florianópolis (10,58%). Entre as
capitais que registraram as menores altas estão Salvador (1,01%), Belo
Horizonte (1,22%) e Campo Grande (2,36%).
No ano passado, o preço
da carne bovina e do pão francês subiu em todas as cidades pesquisadas.
O preço da carne, produto que tem grande peso na composição da cesta,
apresentou variação entre 9,52% em Salvador e 27,71% em Belém. De acordo
com o Dieese, a A alta da carne foi motivada, entre outras razões, pela
estiagem e pela crescente exportação do produto. Os preços do arroz e
do café também subiram em quase todas as capitais, 17 delas. O feijão
foi o único produto com redução em todas as cidades pesquisadas.
Em
dezembro, duas capitais registraram queda no valor da cesta: Curitiba
(-1,07%) e Fortaleza (-0,07%). As maiores elevações foram observadas em
Salvador (4,73%) e no Recife (4,35%). São Paulo teve a cesta básica mais
cara em dezembro, R$ 354,19, seguida por Florianópolis (R$ 353,10) e
Porto Alegre (R$ 348,56). Os menores valores médios foram apurados em
Aracaju (R$ 245,70) e Salvador (R$ 267,82).
Com base na
Constituição, que estabelece que o salário mínimo deve suprir despesas
com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene,
transporte, lazer e previdência, o Dieese calcula que o mínimo ideal,
em dezembro, deveria ser R$ 2.975,55. O cálculo é feito considerando o
valor da cesta mais cara, a de São Paulo. A estimativa do departamento
revela que o salário mínimo brasileiro deveria ser 4,11 vezes o valor em
vigor na época, que era R$ 724.
Fonte: Agência Brasil
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