As vendas de veículos devem cair 0,43% neste ano, de acordo com
projeções feitas hoje (6) pela Federação Nacional da Distribuição de
Veículos Automotores (Fenabrave) na capital paulista. Neste ano devem
ser comercializadas 4.906.418 unidades. No caso dos automóveis e
veículos comerciais leves, deve haver decréscimo de 6,91%, com previsão
de 3.312.116 unidades vendidas
De acordo com balanço divulgado
pela Fenabrave, o número total de automóveis vendidos no país em 2014
caiu 6,76% ante 2013, com 5.161.116 unidades comercializadas contra
5.535.398 no período anterior.
Em dezembro de 2014, as vendas cresceram 21,29%, com a
comercialização de 516.437 unidades ante 425.798 em novembro. Na
comparação com dezembro do ano anterior, quando o comércio desses
veículos chegou a 515.890 unidades, houve alta de 0,11%.
Quando
analisadas somente as categorias de automóveis e comerciais leves, o
setor registrou aumento de 26,35% no total das vendas em dezembro, ante
novembro de 2014. Na comparação com dezembro do ano anterior, houve
crescimento de 5,25% e, em todo o ano de 2014, queda de 6,91%.
Segundo
o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, os resultados de
2014 se devem ao fato de que o ano foi atípico. “Foi ano de Copa do
Mundo e eleições.Também tivemos dificuldades econômicas, com o Produto
Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país)
estagnado. Automóvel precisa de PIB para alavancar. A isenção de
tributos nos ajudou durante um determinado momento”, disse ele.
Assumpção
ressaltou que as preocupações para este ano são os juros altos e a
volta da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). “Um
ponto positivo para o setor em 2015 é já ter conhecimento de mercado e
regras que vigorarão. Em 2014, perdemos quase 60 dias em virtude da
espera de anúncios do governo. Este ano, o cenário não é o pior.”
Sobre
possíveis demissões no setor e o alcance desses ajustes nas
concessionárias, ele disse não acreditar que haja picos de demissão nas
distribuidoras. “Somos mais de 8 mil pontos de venda no Brasil.
Naturalmente, temos que adequar nossas atividades. Se a concessionária
tem um patamar de resultado que não pode dar sustentação às suas
atividades, a concessionária terá que fazer adaptações”. Segundo ele,
não há nenhuma negociação quanto a isso, e as demissões dependerão de
cada grupo ou loja.
Agência Brasil
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