Em meio a uma crise econômica sem data para terminar, muita gente está adiando a troca do carro. Não existem grandes problemas em ficar mais tempo com um mesmo veículo desde que seja feita a manutenção que cada quilometragem exige. Veja o que é necessário fazer em quatro "idades" importantes do carro.
A chegada aos 40.000 km rodados costuma ser o momento da substituição dos pneus, acompanhados de alinhamento e balanceamento. Aproveite ainda para instalar amortecedores novos, eles prolongarão a vida útil dos pneus.
Os freios também entram na conta, principalmente o traseiro, com a troca das lonas, pastilhas traseiras e, em casos de vazamento, pode ser necessário substituir os cilindros de roda traseiros.
O óleo da transmissão automática, na maioria dos carros, também deve ser substituído aos 40.000 km.
Com 50.000 km, as montadoras recomendam a troca da correia dentada do motor e de seus esticadores, mas, devido à responsabilidade destes itens, muita gente antecipa a substituição, para evitar maiores aborrecimentos.
A troca da válvula termostática não está prevista em nenhum manual de proprietário, mas, se você perguntar a um mecânico, ele concordará comigo: por trabalhar com variação térmica, ela costuma travar e superaquecer o motor.
Com 70.000 km, estatisticamente, a embreagem está nos seus momentos finais: se o pedal da embreagem estiver pesado, é melhor trocar para não ficar na rua.
Verifique novamente estado dos pneus: os de reposição muitas vezes não duram como os originais. Se for necessário substituir os amortecedores, saiba que desta vez será necessária também a substituição das molas da suspensão.
Com 100.000 km rodados não é o momento de economizar: se o carro fosse meu, eu trocaria todos os itens que podem causar superaquecimento, como válvula termostática, bomba d’água, sensores de temperatura, mangueira de saída do radiador e tampa do reservatório de expansão. A economia nestes itens pode causar um empenamento de cabeçote ou até fundir o motor.
As correias e esticadores devem ser trocados pela segunda vez. Também é importante levantar o carro e verificar possíveis vazamentos de óleo do motor, cambio e direção hidráulica.
Alguns podem achar preciosismo, mas eu também trocaria a bomba de óleo do motor. Com mais de 100.000 km, se o motor fundir por falta de lubrificação, o conserto ficará muito caro em relação ao valor do carro.
Não tenho dúvidas de que pode haver grande variação na durabilidade das peças mencionadas, até porque a maneira de conduzir o carro, bem como o tipo de asfalto, pode alterar significativamente a quilometragem da troca. Porém, no caso dos fluidos, filtros e velas, respeite rigorosamente os prazos estabelecidos no manual. Seja chato (pontual) com as trocas de óleo de motor, óleo de freio, óleo de câmbio (principalmente o automático) e com a água do sistema de arrefecimento. Estes itens têm grande importância nos problemas onde os reparos são caros e significativos.
Essas foram dicas gerais. Para informações específicas sobre o seu carro, consulte a parte de manutenção do manual do proprietário; lá também estão as especificações corretas dos fluidos a serem utilizados.
Fonte: G1
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