Os brasileiros consomem bem mais açúcar por dia do que recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo definição recente da OMS, o ideal é que a ingestão desse nutriente não passe de 5% do valor diário de calorias, sendo aceitável até 10%. No entanto, os brasileiros atingem 16,3%, segundo estudo feito com dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-2009. A recomendação refere-se ao açúcar adicionado aos produtos e presente em alimentos como mel e suco de frutas.
Açúcar escondido
Se um alimento industrializado tem sabor doce, pode desconfiar que a quantidade de açúcar presente nele é enorme. Infelizmente, hoje não dá para saber precisamente a quantidade presente nos produtos brasileiros, pois, pela legislação em vigor, essa informação é opcional. Na tabela nutricional, é obrigatório constar apenas o teor de carboidratos; se quiser, o fabricante indica também quanto desses carboidratos é açúcar.
Em alguns países, como no Canadá, é obrigatório não só informar a quantidade de açúcar como também especificar o quanto foi adicionado ao produto — diferenciando-o daquele naturalmente presente nos ingredientes utilizados. Regra semelhante está sendo discutida nos Estados Unidos.
Como descobrir se tem açúcar?
Para driblar a falta de informação sobre açúcar na tabela nutricional, o jeito é olhar a lista de ingredientes no rótulo. Ela apresenta os ingredientes em ordem decrescente, ou seja, o primeiro item da lista é o que está presente em maior quantidade no produto e o último, em menor. Assim, se o açúcar for um dos primeiros da lista, já dá para saber que o produto é muito açucarado.
Outros nomes para o açúcar
A dica de olhar a lista de ingredientes nem sempre funciona tão bem. Há fabricantes que, para mascarar a presença e a quantidade do nutriente, usam diversas formas de açúcar, com nomes diferentes, em um mesmo produto.
O açúcar ou outros ingredientes usados para adoçar alimentos podem aparecer como: açúcar branco/refinado, açúcar bruto, açúcar cristal, açúcar de confeiteiro, açúcar invertido, açúcar mascavo, glicose, frutose, sacarose, lactose, maltose e xarope de milho, caldo de cana, cristais de cana, dextrose, glucose, glucose de milho, maltodextrina, mel, melaço/melado, néctares, xarope de bordo e xarope de malte.
Fonte: Consumidor.gov
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