O
salário cai e você quase não o vê; as contas vão se acumulando, mesmo
fazendo muitos “malabarismos” para tentar pagá-las. Se você se
identifica com essas afirmações, saiba que não é o único. Muitos
consumidores passam por essa situação de desequilíbrio financeiro e ter
despesas altas, como o financiamento de um carro, pode agravá-la.
Mas,
afinal, o que fazer quando não se está mais conseguindo pagar as
parcelas do automóvel? A seguir, o Idec traz respostas e orientações
para as principais dúvidas dos consumidores.
O banco pode retomar o veículo se eu atrasar as parcelas?
Sim.
Desde o final de 2014, a Lei 13.043/14 facilita os procedimentos para
busca e apreensão. Quando o próprio veículo é dado como garantia no
financiamento (o chamado leasing), com apenas um dia de atraso no
pagamento o banco ou financeira já pode retomar o bem. Para isso, a
instituição deve entrar com uma ação de busca e apreensão e enviar uma
carta registrada ao devedor, com aviso de recebimento, para notificá-lo
do procedimento.
Renegociar a dívida é uma boa solução?
Renegociar
pode ser uma boa saída na hora do aperto, principalmente para quem não
quer perder o carro. Mas é importante lembrar que, nesse caso, a dívida
não diminuirá. Na verdade, é provável que ela aumente. Na renegociação, a
tendência é que o consumidor procure pagar um valor mais baixo, porém,
isso significa que o número de parcelas aumentará e, consequentemente, a
incidência de juros.
Outra alternativa é renegociar o financiamento com outro banco, por meio da portabilidade de crédito.
O consumidor pode avaliar se alguma instituição oferece condições mais
favoráveis e solicitar a migração da dívida para ele. Caso aceite, o
novo credor se encarregará do processo junto ao banco “antigo”. Atenção:
a portabilidade não pode ser cobrada.
Posso revender o carro para a concessionária?
É
possível revender o carro para a própria concessionária onde o
adquiriu, para outra loja ou mesmo para um particular e, com o valor
adquirido, saldar parte da dívida. Contudo, dificilmente o consumidor
obterá todo o dinheiro que deve, já que o financiamento envolve juros.
Mas, com a venda, poderá liquidar parte da dívida e renegociar o saldo
restante. Nesse caso, fique atento, pois deve sempre haver desconto
proporcional de juros pelo pagamento antecipado.
Outra hipótese é a venda do carro em leilão feito pela própria financeira ou banco, para abater parte da dívida.
Posso trocar de carro por um mais barato?
Essa
alternativa é possível, contudo segue a mesma lógica da revenda do
veículo: uma parte do dinheiro provavelmente será perdida. Na troca,
dificilmente a loja devolverá dinheiro ao cliente, pois, ao sair da
concessionária, o carro já perde cerca de 20% de seu valor de compra.
Minha dívida pode ser transferida para outra pessoa?
Sim,
desde que não haja nenhuma parcela em atraso. Para isso, é necessário
ir ao banco ou financeira onde o financiamento foi realizado para que a
instituição avalie o perfil do novo comprador e verifique se ele tem
condições de arcar com aquela dívida. Depois da análise, a transferência
deve ser consolidada na documentação do veículo, junto ao Detran. O
procedimento envolve algumas taxas, tanto no banco ou financeira quanto
no órgão de trânsito.
Fonte: Idec
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