
A pesquisa foi coordenada por Kim Lewis, pesquisador do
Centro de Descobertas Antimicrobianas do Departamento de Biologia da
Universidade Northeastern, nos Estados Unidos. Lewis e sua equipe
analisaram cerca de 10 000 compostos isolados de uma cultura de
bactérias retiradas de um campo de gramado e com potencial para compor
um antibiótico. Elas descobriram que uma dessas substâncias, chamada
teixobactina, tem uma “atividade excelente” contra superbactérias como a
Mycobacterium tuberculous e a Methicillin Resistant Staphylococcus aureus (MRSA).
De
acordo com os pesquisadores, a teixobactina destrói a parede das
células das bactérias. Baseados nos testes feitos com a substância em
laboratório, os autores do estudo estimam que pode levar 30 anos até que
as bactérias desenvolvam resistência à droga. O estudo completo
foi publicado nesta quarta-feira na revista científica Nature?.
O
antibiótico ainda precisa ser testado em humanos para que os
pesquisadores tenham certeza de sua eficácia e, consequentemente,
aprovem o uso clínico do medicamento.
As superbactérias, que são
os microrganismos que deixam de responder a todos ou à maioria dos
antibióticos disponíveis, se tornaram um grande problema de saúde
pública. Uma recente pesquisa britânica sugere que, caso nada seja feito
em relação ao problema, as mortes provocadas pelas superbactérias
poderão passar das atuais 700 000 para 10 milhões ao ano no mundo em
2050. Esse número é superior ao total de óbitos causados pelo câncer
atualmente, que é de 8,2 milhões ao ano.
Fonte: Veja
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