País chega em agosto com 6,83% de aumento nos preços em 2015, o pior resultado do IPCA para os meses de janeiro a julho desde 2003, quando ficou em 6,85%.
O
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado para medir a
inflação oficial, ficou em 0,62% em julho, informa o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Em
junho, a taxa estava na casa dos 0,79%. Apesar da desaceleração, o
índice é o maior para os meses de julho desde 2004, quando chegou a
0,91% - portanto, o pior em onze anos.
Com esse resultado, a
inflação chega a 6,83% no acumulado do ano até julho - o maior nível
desde 2003, quando chegou a 6,85%, e muito acima do registrado em igual
período do ano passado (3,76%). O IPCA de julho também marca o estouro
do teto da meta fixado pelo governo em 6,5% para o ano todo (4,5% é o
centro da meta). Isso significa que a inflação ultrapassou o limite
considerável aceitável pela equipe econômica da presidente Dilma
Rousseff em apenas sete meses.
Esta é a primeira vez que isso
acontece desde 2003. Nos últimos anos, o país superou o centro da meta,
mas sempre permaneceu dentro do limite de tolerância - em 2013, o IPCA
encerrou o ano com 5,91%, e em 2014, com 6,41%. No último relatório da
inflação, o Banco Central informou que havia 99% de chances de a
inflação ultrapassar a meta em 2015. No texto, a instituição ainda
previu que o IPCA chegará a 9% até o fim do ano.
No acumulado dos
últimos doze meses, o índice atingiu o patamar de 9,56%, sendo o nível
mais elevado para essa base de comparação desde novembro de 2003, quando
ficou em 11,02%. Em julho do ano passado, o IPCA estava em 0,01%.
Segundo
o IBGE, o grande vilão da alta da inflação continua sendo o aumento na
conta de luz, que tem pressionado os preços dos produtos no mercado
brasileiro.
"Mais uma vez foram as contas de energia elétrica,
4,17% mais caras, que lideraram o ranking das principais contribuições
individuais, detendo 0,16 ponto porcentual", diz a pesquisa. O instituto
informou que as regiões metropolitanas de Curitiba e São Paulo foram as
que tiveram o maior reajuste nas contas de luz, com aumento de 11,4% e
11,1%, respectivamente.
Fonte: Veja online
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