terça-feira, 4 de agosto de 2015

Simulador de novo obrigatório nas autoescolas

Simulador de direção exigirá investimento médio de R$ 40 mil aos proprietários de autoescola (EBC Arquivo)O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) voltou a exigir o uso de simulador eletrônico de direção nos cursos de formação de condutores em todo o Brasil. Para atender à resolução, as autoescolas terão que adquirir o equipamento, que custa em média R$ 40 mil, até o dia 31 de dezembro deste ano.
A obrigatoriedade do simulador havia sido exigida anteriormente pelo órgão, mas foi prorrogada devido a dificuldades de atendimento de demandas de fabricantes e adaptações nas empresas credenciadas pelos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans). Caso a decisão seja mantida até o final do ano, os alunos deverão substituir cinco horas das aulas de direção no trânsito por simulação no equipamento.
Em Campos, as autoescolas aguardam nova decisão que suspenda ou prorrogue, mais uma vez, a obrigatoriedade. Além de questionar o alto investimento que deve ser feito na compra do simulador, as empresas também colocam em discussão a eficácia do equipamento.
Empresário critica a resolução
O empresário Marco Antônio Gomes Gonçalves, proprietário de uma Auto Escola em Guarus, criticou a decisão e disse acreditar que ela pode ser suspensa. “Da última vez conseguimos decisão favorável às autoescolas. Desta vez deve acontecer o mesmo. Esta é uma exigência que não tem cabimento. É um investimento alto demais a ser feito neste momento que país inteiro passa por uma crise financeira feroz”, argumentou.
Ele ainda avaliou que as aulas práticas, com instrutor e no trânsito, são muito mais proveitosas. Marco complementou que no equipamento o aluno se comporta de forma despreocupada, justamente porque sabe que não corre riscos de fato. “Preparamos o instrutor para levar o aluno para o trânsito real. É um desperdício colocar uma pessoa qualificada para acompanhar o aluno dirigindo num videogame. Na verdade é assim que vejo o simulador, como um videogame”, criticou.
Marco lembrou que há aproximadamente 15 anos o Contran fez uma exigência semelhante. As autoescolas compraram os simuladores e seis meses depois a decisão foi suspensa. “Corremos risco desta situação se repetir. O que faremos com o simulador num caso deste? Levaremos um videogame de R$ 40 mil para casa para os filhos brincarem?”, ironizou.
Fonte: O Diário

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