Veja dicas de segurança alimentar; pescado exige atenção de consumidores.
É preciso saber escolher ingredientes certos antes de comandar o fogão.
Antes de preparar os pratos da gastronomia é preciso escolher bons
ingredientes. Muitos dos produtos usados na culinária amazônica -
principalmente os peixes de água doce- estão disponíveis em feiras
livres. Nesses locais, é preciso ficar atento e seguir algumas dicas
para não adquirir produtos contaminados. O G1 conversou com um especialista no assunto e listou algumas dicas (confira abaixo).
De
acordo com o Presidente do Conselho de Segurança Alimentar e
Nutricional do Amazonas, o especialista em Medicina de Família e
Comunidade, Marc Storck, é importante que o consumidor observe com muita
cautela o espaço em que os alimentos estão expostos e as condições
higiênicas de quem manuseia os produtos.
Ir à feira todos os fins
de semana já faz parte da rotina da aposentada Elídia Vieira, 65 anos,
que não abre mão da variedade dos alimentos frescos. “Venho sempre
comprar peixes, frutas e verduras, porque são mais frescos que no
supermercado”, afirmou.
Ela diz ser cuidadosa na hora de escolher
os produtos. “Eu sempre dou uma ‘olhadinha’ em tudo o que tenho
interesse de levar, principalmente quando vou comprar peixe. Prefiro
sempre peixes frescos e com qualidade”, disse.
A "olhadinha" é uma
das principais armas que o consumidor possui na hora de adquirir os
produtos nas feiras livres. “A primeira coisa que se deve observar é o
ambiente, que deveria estar limpo. Não deve ter acúmulo de lixo nas
instalações da feira e, se tiver, deve estar em local apropriado em
lixeiras”, apontou.
Os cuidados na armazenagem adequada do lixo são importantes para que
não ocorra a atração de vetores, responsáveis pela contaminação dos
alimentos, conforme explicou o médico.
“Uma das formas de
contaminação dos alimentos é a presença de vetores. Entre os mais comuns
em feiras são moscas, baratas e outros insetos que aproveitam da
presença do lixo e da não proteção do alimento e vão tentar se instalar
nos alimentos”, disse Storck.
Outro ponto importante é checar as
características dos alimentos, para isso a feira tem que estar bem
iluminada. “Você vai ter que fazer a inspeção no alimento, olhar com
muita cautela para ver se ele não esta com resíduos, se a fruta não está
machucada ou roída por ratos. Ou ainda, se está cortada indevidamente.
Na hora que se corta uma fruta ou verdura, no local em que a faca passou
é porta de entrada para micro-organismos que podem causar danos à
saúde”, afirmou Storck.
Além disso, é importante observar se o
feirante utiliza Equipamentos de Proteção Individual (EPI). “Será que
ele esta usando touca, botas, luvas e roupas adequadas? Caso contrário,
este feirante pode ser agente transmissor para o alimento. Por exemplo,
se ele tiver uma lesão na mão e, não estiver com luva, pode contaminar o
peixe. Se as unhas estiverem sujas e compridas e sem higiene, é uma
fonte de contaminação. É importante observar também quem vende o
produto”, indicou.
Em feiras que comercializam produtos já embalados, Storck aconselhou que se atente para as datas de validade impressas.
Pescado
“No caso do peixe, ao perceber que ele esta soltando muita escamada, é sinal de envelhecimento. E, se está fora do gelo ou da refrigeração, provavelmente tem pouco tempo de vida útil, se não tiver já comprometido”, afirmou Storck.
“No caso do peixe, ao perceber que ele esta soltando muita escamada, é sinal de envelhecimento. E, se está fora do gelo ou da refrigeração, provavelmente tem pouco tempo de vida útil, se não tiver já comprometido”, afirmou Storck.
As guelras do peixe não podem estar
enegrecidas, sem brilho ou com sinais de ressecamento. “A guelra
normalmente tem aparência sanguinolenta, geralmente com cor mais
vibrante que o sangue, toda estruturada, com carne e não somente com
ossos. Se ela estiver branca é sinal que o peixe está muito velho”,
afirmou.
Carne vermelha
Quanto a carne vermelha, ela deve conservar aspecto de vermelhidão característico, segundo explicou Storck. “Se ela estiver com resíduos, alteração de textura, com áreas enegrecidas ou esbranquiçadas, pode ser sinal de carne velha, que não deve estar própria para consumo. E, encontrando larva, mesmo que só em uma parte, ela está completamente inutilizada para o consumo humano ou animal”, orientou.
Quanto a carne vermelha, ela deve conservar aspecto de vermelhidão característico, segundo explicou Storck. “Se ela estiver com resíduos, alteração de textura, com áreas enegrecidas ou esbranquiçadas, pode ser sinal de carne velha, que não deve estar própria para consumo. E, encontrando larva, mesmo que só em uma parte, ela está completamente inutilizada para o consumo humano ou animal”, orientou.
Legumes e verduras
É importante preferir por verduras e legumes que sejam vendidas com os talos.
É importante preferir por verduras e legumes que sejam vendidas com os talos.
As
folhas ressecadas dão sinais que receberam inseticidas para espantar os
insetos. “Para preservar as folhas de ataques de insetos, alguns
feirantes utilizam inseticidas, baygon nas folhas e principalmente nos
recipientes onde são guardadas. Justamente para parasitas e roedores não
atacarem o local”, disse.
Armazenagem ideal
Seguindo as normas estabelecidas no Código Sanitário de Manaus, qualquer tipo de carne seja de boi, frango ou peixe deve permanecer em refrigeração durante todo o tempo.
Seguindo as normas estabelecidas no Código Sanitário de Manaus, qualquer tipo de carne seja de boi, frango ou peixe deve permanecer em refrigeração durante todo o tempo.
“A carne tem que esta sobre a refrigeração o tempo inteiro,
não pode ficar em bancada ou em ganchos exposta ao tempo. Porque fica
vulnerável a deposição de larvas e está refém da contaminação do ar”,
afirmou
Ele explicou que alimentos expostos indevidamente em
feiras abertas, localizadas próximo de ruas, tem grande possibilidade de
estarem contaminados. “Falta saneamento adequado em Manaus e no
interior. Parte dos resíduos das fossas vai para a rua, eles secam e
quando dá o vento, eles vão se depositar em qualquer local ao ar livre”,
disse.
O Presidente do Conselho orienta que a carne ideal para o
consumo deve ser cortada, embalada – com data de fabricação e de
validade impressas – e adequadamente refrigerada. “Para isso existem
regras respaldadas em âmbito nacional. Ou seja, tem que ser carne
inspecionada que leva carimbo do Serviço de Inspeção Federal (SIF)”,
assegurou.
Da mesma forma o peixe, que deve estar sob o gelo. “O
consumidor pode puxar o peixe (de dentro do gelo), verificá-lo e
colocá-lo no lugar de volta imediatamente”, disse.
Seguindo a
norma, bancadas de inox são mais apropriadas para comportar os
alimentos, por serem de fácil higienização. “Se for de madeira, esta
errado, ela acumula resíduos de detergente e outros peixes vendidos que
deixaram contaminação”, afirmou.
Confira algumas dicas:
- comprar em ambientes limpos e iluminados
- verifique se o feirante usa Equipamentos de Proteção Individual (luvas, toucas etc)
- atenção para validade impressa em produtos embalados
- evites peixes que estejam com soltando escamas
- veja se a guelra dos peixes está vermelha (não enegrecida)
- comprar pescado mantido refrigerado (calor pode fazer o peixe estragar)
- preferir por verduras e legumes que sejam vendidas com os talos
- comprar em ambientes limpos e iluminados
- verifique se o feirante usa Equipamentos de Proteção Individual (luvas, toucas etc)
- atenção para validade impressa em produtos embalados
- evites peixes que estejam com soltando escamas
- veja se a guelra dos peixes está vermelha (não enegrecida)
- comprar pescado mantido refrigerado (calor pode fazer o peixe estragar)
- preferir por verduras e legumes que sejam vendidas com os talos
Fonte: G1
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