A economia brasileira deve se recuperar gradualmente, afirmou hoje
(22) o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Viana
de Carvalho. O BC manteve a estimativa para a expansão do Produto
Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no
país, em 0,5% em 2017, no Relatório de Inflação, divulgado de manhã.
“Riscos
sempre há, mas temos esse diagnóstico de que a estabilização ocorreu e
que as perspectivas são de recuperação gradual”, disse o diretor ao
apresentar o relatório.
No documento, o BC destaca que as reformas propostas pelo governo, da
Previdência e trabalhista, são necessárias para a recuperação da
economia. “A manutenção, por tempo prolongado, de níveis de incerteza
elevados sobre a evolução do processo de reformas e ajustes na economia
pode ter impacto negativo sobre a atividade”.
Taxa de juros
Viana
também afirmou que mudanças no ritmo de cortes na taxa básica de juros,
a Selic, dependem da evolução da atividade econômica, do balanço de
riscos e de expectativas para a inflação.
No relatório, o BC
lembrou que, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom),
responsável por definir a Selic, o colegiado entendeu que “uma redução
moderada do ritmo de flexibilização monetária [redução da taxa] em
relação ao ritmo adotado naquela ocasião deveria se mostrar adequada em
sua próxima reunião, em julho”.
“Em nenhum momento, nós nos
comprometemos com decisões futuras. É condicional”, disse o diretor. Ele
acrescentou que o Copom mostra os fatores que podem indicar a “direção
que parece mais provável”, mas não há nada pré-definido.
Fonte: EBC
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