O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apresentou queda de 2,8
pontos em junho, atingindo 89,5 pontos, o menor nível desde fevereiro
(87,8 pontos), depois de ter sido registrada a maior marca desde 2014,
em maio último (92,3%). Treze de um total de 19 segmentos industriais
reduziram a confiança.
O indicador tem relação com a pesquisa
Sondagem da Indústria de Transformação do Instituto Brasileiro de
Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre) com a participação de
1.147 empresas em consultas, no período de 1 a 23 deste mês. As
informações foram divulgadas hoje, em São Paulo, pela FGV.
A coordenadora da pesquisa, Tabi Thuler Santos, afirmou, em nota, que
esse recuo se deve ao “aumento da incerteza após a deflagração da nova
crise política, em maio”. Ela observou ainda que as consultas indicaram
“a interrupção do processo de ajuste dos estoques industriais e a
favorável contribuição do mercado externo para o desempenho do setor nos
últimos meses”.
Índice de Expectativas
O
estudo mostra ainda diminuição na confiança tanto em relação ao
presente quanto no curto prazo. O Índice de Expectativas (IE) teve baixa
de 3,6 pontos, atingindo 92,1 pontos e o Índice da Situação Atual (ISA)
apresentou redução de 2 pontos ao alcançar 87 pontos.
A
proporção de empresas que planeja ampliar o quadro de empregados caiu de
13,9% para 9,3% e o universo de empresas que pretendem cortar vagas
aumentou de 16,1% para 20,9%. O ceticismo empresarial também pode ser
notado pela avaliação sobre o nível de estoques. Na sondagem, 12,7%
indicaram que o volume está excessivo ante 12,2% que tinham essa mesma
visão, em maio último.
Também ocorreu baixa de 05, ponto
percentual no Nível de Utilização da Capacidade Instalada, que passou
para 74,2%, o menor desde dezembro do ano passado.
Fonte: EBC
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