O número de empresas com contas em atraso e registradas nos cadastros
de devedores cresceu 3,35% em maio na comparação com o mesmo mês do ano
passado, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e
pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). É a menor
variação para os meses de maio desde 2011, início da série histórica. Na
comparação com abril, houve uma queda de 0,16%.
“Esse
abrandamento do aumento do número de empresas negativadas, observado nos
últimos meses, ocorre depois de um período de forte crescimento da
inadimplência. Mesmo com o país ainda em crise, isso tem acontecido por
causa da maior restrição ao crédito e menor propensão a investir, que
trazem redução do endividamento”, disse o presidente da CNDL, Honório
Pinheiro.
Segundo Pinheiro, a expectativa é a de que nos próximos
meses a atividade econômica se mantenha fraca e os empresários
permaneçam cautelosos, devido ao cenário de grande incerteza política.
“Isso deve manter o crescimento da inadimplência das empresas em
patamares discretos frente à série histórica como um todo”, afirmou.
De
acordo com as análises do SPC Brasil e da CNDL o número de dívidas em
atraso aumentou 1,04% na comparação anual, sendo o menor resultado da
série histórica. Na comparação mensal, na passagem de abril para maio, a
variação negativa foi de -0,22%.
Quando analisadas as regiões, o
Nordeste foi a região que mais teve empresas em inadimplência, com
aumento de 4,53% na comparação com maio do ano passado. Em seguida,
aparecem as regiões Norte com avanço de 3,67%; Sudeste (3,40%),
Centro-oeste (3,01%) e Sul (0,90%).
Entre os segmentos devedores,
os que tiveram maiores altas foram serviços (6,31%) e agricultura
(5,23%), seguidos pela indústria (2,72%) e empresas que atuam no setor
de comércio (1,90%).
Segundo o levantamento, o maior crescimento
das dívidas de pessoas jurídicas ficaram por conta das empresas do
comércio (6,17%), seguidas das indústrias (5,50%). O segmento de
serviços (que engloba bancos e financeiras) teve queda de -0,44%. O
segmento de agricultura registrou recuo de -16,16%.
O
levantamento leva em conta as informações disponíveis na base de dados
do SPC Brasil e da CNDL sobre a capitais e interior das 27 unidades da
federação.
Fonte: EBC
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