Segundo os especialistas de finanças do SPC Brasil, além dos motivos sociais e de toda superstição que envolve o hábito de comprar roupa nova, um fator econômico é fundamental para sustentar todo este consumo: a injeção de capital novo na economia brasileira, materializado no pagamento da segunda parcela do 13º salário.
“Historicamente, temos observado que grande parte dos consumidores brasileiros utiliza a primeira parcela do 13º [salário] para pagar dívidas. No entanto, a segunda parcela normalmente é direcionada para o consumo com as festas de fim de ano”, explica o gerente financeiro do SPC Brasil, Flávio Borges.
Liquidações
Como no Natal deste ano as vendas ficaram aquém do esperado (as vendas a prazo cresceram 2,97% contra 5% da projeção dos lojistas), muitos estabelecimentos já deram início as tradicionais promoções para atrair o consumidor e acabar com os estoques.
Na avaliação do presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o momento é uma oportunidade para as lojas conseguirem vendas adicionais no período em que a maioria dos consumidores vai trocar os presentes recebidos.
“A expectativa é de que as liquidações reaqueçam o mercado até o final de janeiro. Com o início da semana das trocas dos presentes, o comerciante tem a oportunidade de se beneficiar dos tradicionais descontos e emplacar novas vendas, principalmente em artigos de vestuário, calçados, cosméticos e perfumaria, já que muitos consumidores desejam passar o Réveillon com roupa nova”, afirma Pellizzaro Junior. A pesquisa também procurou identificar onde o brasileiro iria passar a virada do ano.De acordo com o estudo, 34% dos entrevistados pretendem passar o Réveillon em casa, contra 25% que têm a intenção de viajar.
O estudo foi realizado em novembro deste ano e ouviu 651 consumidores das 27 capitais brasileiras. A margem de erro da pesquisa é de 3,8 p.p.
Fonte: TN
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