O Banco Central está trabalhando com uma projeção de reajuste zero para a gasolina no próximo ano e de 7,5% para a energia elétrica, informou o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton.
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Neste ano, houve dois reajustes nos preços da gasolina. O primeiro aconteceu em janeiro, quando a Petrobras reajustou o diesel em 5,4% e a gasolina, em 6,6%.
O último reajuste aconteceu no fim de novembro - momento no qual a Petrobras anunciou que os preços da gasolina e do diesel foram reajustados nas refinarias, sendo que a alta foi de 4% para a gasolina e de 8% para o diesel.
Nova política de preços
A Petrobras informou, também no fim de novembro, que o conselho de administração da estatal aprovou a implementação de uma nova política de preços, mas "por razões comerciais, os parâmetros da metodologia de precificação serão estritamente internos à companhia".
A companhia não deixou claro se a proposta de reajustes de preços automáticos foi descartada. A Petrobras disse que não vai revelar os parâmetros da nova metodologia de preços. No fato relevante, a Petrobras informa que esses parâmetros ficarão ''restritos à companhia".
"Caberá ao Conselho de Administração avaliar a eficácia da política de preços da Petrobras por meio da evolução dos indicadores de endividamento e alavancagem da Companhia", diz o comunicado.
Em outubro, a Petrobras apresentou uma nova metodologia de reajuste, de forma a trazer maior previsibilidade do alinhamento dos preços domésticos do diesel e da gasolina aos preços praticados no mercado internacional. A proposta, no entanto, encontrou resistência por parte do governo.
Convergência para preços internacionais
Nesta semana, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que o parâmetro para os reajustes dos combustíveis no Brasil é "caminhar em direção ao preço internacional". "É ter um preço igual ao preço internacional", disse ele na ocasião.
O ministro da Fazenda lembrou que houve, no fim de novembro, um aumento nos preços da gasolina e do diesel no país, mas acrescentou que "não é possível voce absorver [a alta do dólar] de uma hora para outra".
"Já pensou se os preços da gasolina e do diesel estivessem ao sabor do câmbio. Então, isso atrapalharia muito a economia. Ninguém gostaria disso. Você tem um trajeto a ser percorrido e voce caminha em direção à paridade", concluiu.
Fonte: G1
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