A temporada de fim de ano infla os preços dos itens das ceias de Natal e Ano Novo. Os produtos da época podem custar muito mais caro que nos outros períodos do ano. Uma pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP, em todo o estado, atestou que as diferenças podem ser gritantes entre um estabelecimento e outro.
Os seguintes itens fazem parte do levantamento: azeites, bombons, carnes congeladas, cereais e farofas prontas, conservas, frutas em calda, panetones e chocotones.
Em Sorocaba, interior de São Paulo, um vidro de azeitona verde recheada com pimentão, Raiola, 100gr, custa R$ 3,88 em um estabelecimento e R$10,98 em outro, variação de 182,99%. Na capital a maior diferença foi encontrada na farofa de milho de 500g, da marca Yoki, que custa R$5,78 em um estabelecimento e em outro por R$ 2,49, diferença de R$ 3,29, que representa 132,13%.
Após comparação de produtos comuns entre as pesquisas realizadas neste ano e no ano passado na cidade de São Paulo, foram
constatadas, em média, as seguintes variações: azeites, 17,07%, bombons,3,19%; carnes congeladas, -0,47%, cereais e farofas
prontas, 11,77%, conservas, 11,46% e panetones, 9,69%
Outra pesquisa, realizada pela Prefeitura de Guarulhos em 11 supermercados da cidade, revela considerável variação no preço de alimentos tradicionais para a ceia de Natal. Enquanto o quilo do pernil mais barato pode ser encontrado por R$ 8,49, o mais caro custa R$ 21,90, o que corresponde a uma variação de aproximadamente 258%.
Entre os demais produtos com maior diferença nos preços estão o tender (167%), chester (202%), bacalhau (317%), espumante (154%), panetone (119%), lentilha (385%) e o milho em conserva (500%).
Na cidade de Maringá, no estado do Paraná, o Procon municipal realizou uma pequisa sobre os preços dos produtos que compõem a ceia natalina em oito supermercados de Maringá, relatou que a maior vilã do orçamento para o Natal é a castanha do pará, que apresentou uma variação de mais de 177% de um estabelecimento comercial para o outro. Em Curitiba a diferença chega a 109,21%.
O preço de produtos da ceia natal e fim de ano pode dobrar de um mercado para outro em Florianópolis, de acordo com a pesquisa feita pelo Procon-SC. O ítem que mais teve variação foi a maionese, com 118,72%. Panetones podem custar até R$ 4 a mais e espumantes R$ 12. Entre as carnes, o valor do peru é o que mais varia, com 34,34% de diferença.
Em Fortaleza, a variação dos produtos chega aos 66%. O item abacaxi em calda, da marca Red Indian, sofreu a menor variação, apenas 4%. Em contrapartida, o item azeitona verde, da marca Palmeiron, variou 66%.
Belo Horizonte tem uma das maiores variações, a diferença de preços pode chegar aos 300%. A maior variação encontrada foi de 338,08% para o quilo da castanha do Pará, que custa entre R$ 8,90 e R$ 38,99. Outra diferença significativa de preço foi para o quilo das uvas passas, produto típico do Natal, que teve variação de 309,52%, custando entre R$ 3,15 e R$ 12,90. Já o quilo de
amêndoas sofreu variação de 163,32%,
O preço de alguns itens comuns na mesa dos brasileiros na noite de Natal, como a ameixa seca, o vinho e o bacalhau, registrou alta acima da inflação oficial no acumulado dos últimos 12 meses, de 5,84%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Minas Gerais apresentou alta no valor dos produtos. A ceia dos mineiros está 53% mais cara que no ano passado, segundo pesquisa do site Mercado Mineiro.
Em compensação, a ceia de natal no estado de Roraima está mais barata no ano de 2013. Entre os produtos sofreram queda estão os panetones e as aves com baixa de 6% a 7% no valor.
Vale lembrar que a pesquisa de preços pode ser uma importante aliada do consumidor, bem como o cálculo do custo-benefício em relação ao deslocamento para procurar por preços menores.
Fonte: Uol - Consumidor Moderno
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