quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Planos de saúde tem bom desempenho em ranking, mas isso é real?

Imagem | Waldez Duarte
Uma pesquisa divulgada hoje pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) apontou que 63,5% dos planos de saúde no Brasil têm desempenho bom ou muito bom. O Índice de Desempenho da Saúde Suplementar 2013 mostra que o número de operadoras com avaliação boa e muito boa subiu de 17,2%, em 2009. As que tiveram a pior avaliação passaram de 29,8% para 3%.
Mas será que isso reflete uma realidade realmente satisfatória para os usuários de planos de saúde? Em contrapartida, uma pesquisa realizada pelo Datafolha, revelou que a cada dez clientes, seis estão insatisfeitos com os planos de saúde. Segundo a ANS ( Agência Nacional de Saúde Suplementar), o índice de reclamações subiu 1,16% no mês de setembro.
Apesar do ainda deficiente e desrespeitoso atendimento da saúde suplementar no país, o incremento na satisfação dos consumidores em relação às operadoras pode ser atribuído ao maior rigor nas operações realizadas pela agência reguladora em relação a irregularidades e abusos na relação com o consumidor, por meio de multas e suspensões de comercialização. 
Mas isso não é tudo, as operadoras de planos de saúde e odontológicos receberam, entre janeiro a agosto de 2013, R$ 243.356.843,27 em multas. Porém, dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) mostram que somente 20,7% das multas aplicadas são pagas. A quantidade de multas aplicadas cresceu 390% nos últimos cinco anos, passando de 415 para 2.035, sendo que em 2009 as empresas receberam R$ 50.798.090,27 em multas e pagaram somente 15,2% do montante.
As reclamações mais comuns em relação à cobertura assistencial são a demora em autorizar procedimentos; negativa total ou parcial de cobertura ou reembolso com base no Rol de Procedimentos e Eventos Médicos editado pela agência, em cláusulas contratuais de exclusão ou em interpretações unilaterais como a alegação de doenças preeexistentes, segundo o Procon.
A verdade é que setor de saúde suplementar no país ainda está muito aquém das necessidades de quem dispõe de (grande) parte da sua renda mensal para obter um tratamento privilegiado em relação ao fornecido pela rede pública. Mas, infelizmente, isso ainda não corresponde à realidade dos beneficiários das operadoras.
Fonte: Uol - Consumidor Moderno

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