Como
se não bastasse o preço que os consumidores brasileiros estão sofrendo
com o aumento no preço da gasolina e do diesel para justificar a
necessidade de equilíbrio nas contas da Petrobras, uma prática criminosa
está preocupando a Justiça: o cartel.
O Conselho
Administrativo de Defesa Econômica, o Cade, apura a prática em oito
unidades da federação. Postos de Belo Horizonte/MG, João Pessoa/PB,
Brasília/DF, Goiânia/GO, Natal/RN, Cuiabá/MT, Joinville/SC e de São
Luis/MA estão na mira. Mas veio da Justiça a ação mais contundente desde
o anúncio de reajuste dos combustíveis nas refinarias e o inevitável
repasse dos custos para as bombas.
Flagrou um preço abusivo no posto da sua cidade? Envie a foto para imprensa@reclameaqui.com.br.
De
acordo com poblicação do portal Jota, o Judiciário do Maranhão saiu na
frente ao notificar mais de 200 postos pela cobrança de preços
considerados abusivos. Com medo de pagar multa, os postos reduziram o
valor e quem saiu ganhando foi o consumidor.
“Os
donos de postos de combustíveis podem praticar o preço que quiserem
individualmente. Agindo assim o consumidor tem como se defender
comprando em um concorrente, mas na hora que eles combinam um preço
exorbitante, está caracterizada a formação de cartel que deixa o
consumidor sem opção”, explicou o juiz da Vara de Interesses Difusos e
Coletivos de São Luís (MA), Douglas de Melo Martins, à reportagem do
site.
Maranhão recusa acusações
Segunda-feira,
dia 23, o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Maranhão se
manifestou dizendo ser alvo de uma ação difamatória.
“Lamentamos
as acusações genéricas e infundadas que demonstram desconhecimento da
regulação desse mercado complexo, denigrem a imagem institucional dos
revendedores e diminuem a dignidade dos empresários do setor que
contribuem com o Brasil e o Estado do Maranhão ao gerar larga parte dos
impostos que os mantêm, além de emprego e renda para milhares de
cidadãos”, afirmou o sindicato, em nota. A entidade vai recorrer da
decisão.
O processo prevê multa diária no valor de
R$ 20 mil, em caso de descumprimento. Além de reparação por danos
morais no valor de R$ 70 mil, e por danos sociais estimados em R$ 100
mil, a quantia seria revertida ao Fundo Estadual de Defesa dos Direitos
dos Consumidores.
Segundo o Cade, desde a entrada
em vigor da nova lei da concorrência (12.529/11), o órgão condenou nove
casos de cartéis de combustíveis em todo o país, aplicando multas que
somam cerca de R$ 150 milhões. As condenações foram:
- Cartel de Combustíveis Caxias do Sul/RS
- Cartel de Combustíveis Teresina/PI
- Cartel de Combustíveis Teresina/PI (reincidente)
- Cartel de Combustíveis Bauru/SP
- Cartel de Combustíveis Londrina/PR
- Cartel de Combustíveis Manaus/AM
- Cartel de Combustíveis Santa Maria/RS (processo condenou postos)
- Cartel de Combustíveis Santa Maria/RS (processo condenou pessoas físicas)
- Cartel de Combustíveis Londrina/PR
Fonte: JOTA e Reclame Aqui
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