Com 168.944 investidas de golpistas contra consumidores registradas pela
Serasa no mês passado, houve queda de 9,4%, com relação a janeiro de
2014, nas tentativas de fraude conhecida como roubo de identidade, em
que dados pessoais são usados por criminosos para firmar negócios sob
falsidade ideológica ou mesmo obter crédito com a intenção de não honrar
os pagamentos. Isso representa uma tentativa de fraude a cada 15,9
segundos no país. Não houve variação significativa em relação a dezembro
de 2014, quando o indicador apontou 168.878 tentativas de fraude.
De acordo com economistas da Serasa, a queda das tentativas de
fraudes em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano
anterior, é devido ao quadro recessivo da economia e da baixa confiança
dos consumidores que, evitando ampliar os gastos e o nível de
endividamento, vão menos às compras. "Assim, fica reduzido o potencial
de atuação dos fraudadores pela menor circulação de consumidores nos
mais variados mercados", explicaram.
Tentativas de golpes no setor
de telefonia responderam por 71.478 registros, totalizando 42,3% do
total de investidas realizadas, queda em relação aos 45,2% registrados
pelo setor no mesmo mês de 2014. Já o setor de serviços – que inclui
construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral (salões de
beleza, pacotes turísticos etc.) – teve 47.356 registros, equivalente a
28% do total. No mesmo período no ano passado, este setor respondeu por
27,6% das ocorrências. O setor bancário foi o terceiro do ranking em
janeiro/15, com 34.826 tentativas, 20,6% do total. No mesmo mês de 2014,
o setor respondeu por 18,1% dos casos. O segmento varejo teve 12.251
tentativas de fraude, registrando 7,3% das investidas contra o
consumidor em janeiro de 2015, mesmo percentual observado em janeiro de
2014.
Entre as principais tentativas de golpes registradas estão a
emissão de cartão de crédito; financiamento de eletrônicos; compra de
celulares com documentos falsos ou roubados; abertura de conta; compra
de automóveis, em todos estes casos sempre deixando a conta para a
vítima; e a abertura de empresas com dados roubados, para servir de
fachada’ para a aplicação de golpes no mercado.
Fonte: O Globo
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