quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

CPF vira a nova cara do Brasil no século XXI


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Quase tão comum quanto o “jeitinho”, a paixão por futebol ou os vendedores de sombrinhas em dia de chuva é a mania do brasileiro por uma nada modesta sequência de 11 números. O Cadastro de Pessoas Físicas, ou CPF, é solicitado em dez entre dez estabelecimentos — do supermercado ao salão de beleza. O número único, de alcance nacional, se tornou um dos mais solicitados por sua confiabilidade. Mas, seu uso indiscriminado — e muitas vezes desnecessário — pode oferecer não só riscos ao consumidor como percalços àqueles que não estão registrados no cadastro. O problema é que há muita dificuldade para evitar, identificar e remediar o mau uso do documento.
Longe de estar relegado à temporada de declaração do Imposto de Renda, o CPF aparece em muitas outras situações. Alemã de Munique, a estudante Jennifer Niklas, de 27 anos, aprendeu sobre a popularidade do documento ao chegar no Brasil, há dois anos. Sem o número, compras na internet estavam vetadas.
— Quando cheguei, tinha que deixar meu namorado e amigos pagarem tudo o que fosse pela internet porque tudo pedia CPF. Compra de ingresso para show na internet, nem pensar. Querem registrar tudo aqui. Na Alemanha, você pode comprar qualquer coisa na loja, não precisa dar qualquer número — compara.
Agora casada com um brasileiro, a alemã tirou um CPF para estrangeiros. A burocracia é imposta aos que visitam o país. Nada que outro patrimônio nacional, o “jeitinho”, não ajude.
— Minha mãe me visitou e teve problemas para usar o chip para celular. As operadoras exigem o CPF para registrar o número. No fim, um dos atendentes na loja usou o CPF dele mesmo para habilitar o chip. É muito louco isso — diz.
Fonte: O Globo

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