Para arrumar as contas da casa e começar a poupar para realizar os objetivos de vida, é preciso fazer o orçamento doméstico.
Reinaldo Domingos, presidente da Dsop Educação Financeira, aconselha a família a se reunir e seguir esses quatro passos:
1) Fazer um diagnóstico financeiro
Todos
os gastos devem ser anotados minuciosamente para que a família possa
saber quanto entra de renda e para onde está indo dinheiro. Reinaldo
Domingos sugere que durante um mês toda e qualquer despesa deva ser
anotada minuciosamente para fazer esse diagnóstico real.
No site do UOL é possível encontrar uma calculadora
que o ajuda nessa tarefa, mas a pessoa pode escolher a maneira que
melhor lhe convier, seja uma planilha, um caderno ou até mesmo
aplicativos no celular.
2) Reduzir os gastos desnecessários
Segundo
Domingos, logo após a análise do orçamento doméstico quase sempre a
família percebe que é possível reduzir de 20% a 30% dos gastos. Trocar
de plano de celular ou de pacote de TV a cabo são alguns dos exemplos.
O
educador diz que, num primeiro momento, o cafezinho de todo dia ou a
pizza da semana podem parecer inofensivos, mas são nos pequenos gastos
que cometemos que estão os excessos: o banho demorado, a luz do abajur, a
taxa de conveniência na hora de adquirir ingresso pelo telefone...
"Você
precisa mesmo disso para viver, todos os dias? Com o tempo a pessoa
percebe que são esses pequenos hábitos que podem estar obstruindo a
busca por dinheiro."
3) Fazer um projeto de vida de curto, médio e longo prazos
Trocar
de carro, fazer uma viagem, comprar a casa própria, planejar a
aposentadoria. Faça as contas de quanto vai custar cada um desses
projetos e quanto tempo irá demorar para realizar cada um deles.
Assim
que realizar um destes sonhos, deve-se substituí-lo por outro objetivo.
E, muito importante, não use todo o dinheiro poupado para satisfazer
desejos imediatos, que impedem a realização dos objetivos maiores.
4) Poupar para realizar os sonhos
A decisão de onde aplicar o dinheiro vai depender do prazo de cada objetivo:
- Objetivos de curto prazo (até 1 ano): dinheiro deve ficar numa aplicação fácil de retirar, tal como o título do Tesouro Direto indexado à Selic;
- Objetivos de médio prazo (1 a 10 anos): dinheiro pode ser aplicado também no Tesouro Direto, CDBs, fundos de investimento;
- Objetivos de longo prazo (acima de 10 anos): valores podem ser aplicados em títulos indexados à inflação do Tesouro Direto ou ainda numa previdência privada.
Cuidado com os gastos fixos
O professor
Samy Dana, da Fundação Getúlio Vargas, diz que as despesas fixas, tais
como supermercado, água, luz, telefone, condomínio, escola, plano de
saúde, TV a cabo, internet, idealmente devem estar limitadas a 50% da
renda. "Se estiver muito acima disso, é hora de repensar o padrão de
vida para adaptar à realidade da renda."
Se a família estiver
temporariamente endividada, é possível cortar despesas supérfluas para
resolver esse desajuste temporário. Mas se os gastos fixos consomem a
maior parte da renda mensal, é sinal que a família está vivendo acima do
padrão de vida.
Para que possa viver melhor, deve reduzir esses
gastos e se organizar para poupar ao menos 10% da renda todo mês. "Isso
deve ser uma decisão muito bem pensada, pois requer uma mudança
estrutural, como mudar de casa ou trocar de escola", afirma Dana.
Fonte: UOL
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