O Índice de Confiança dos Serviços (ICS) fechou o ano com a terceira
queda consecutiva, ao recuar 1,8 ponto em dezembro em comparação com o
mês anterior. Em novembro, a queda foi de 1,4 ponto. Desde setembro
deste ano, as perdas foram de 4,9 pontos.
Os dados foram divulgados hoje (27), pelo Instituto Brasileiro de
Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e apontam que o indicador
fechou dezembro em 75,7 pontos, o menor nível desde junho passado.
Segundo
o economista da FGV Silvio Sales, o índice segue em tendência de queda e
o fraco desempenho deve prosseguir no início do próximo ano. “As
empresas do setor de serviços seguem no movimento de revisão, para
baixo, das expectativas sobre a evolução dos negócios no curto prazo”,
disse.
A Sondagem do Setor de Serviços levanta de forma sistemática
informações sobre este segmento, que responde por mais de 60% do Produto
Interno Bruto (PIB) brasileiro (o u seja, a soma de todas as riquezas
produzidas no país) .
Negócios em queda
Os
dados divulgados pela FGV indicam que, das 13 atividades pesquisadas no
setor de serviços, nove apresentaram queda da confiança em dezembro. O
Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 0,7 ponto, recuando para 70,2
pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) recuou 2,9 pontos, para
81,6 pontos.
A maior contribuição para a variação do Índice da
Situação Atual veio novamente da percepção da Situação Atual dos
Negócios, que caiu 1,3 ponto, para 69,7 pontos. Já entre os indicadores
integrantes do Índice de Expectativas, o destaque negativo foi o de
Tendência dos Negócios para os seis meses seguintes, que recuou 3,8
pontos, para 83,1 pontos.
Quebra do otimismo
A
queda de confiança no quarto trimestre interrompe o crescimento
constante registrado no ICS no segundo e no terceiro trimestres. “Entre o
primeiro e o terceiro trimestres, o ICS avançou 9,4 pontos, com as
expectativas acumulando 16,8 pontos, contra apenas 1,9 ponto de aumento
do ISA-S”, diz a publicação da FGV.
O estudo destaca, ainda, que
ao longo do ano, as avaliações das empresas sobre a situação corrente
permaneceram em patamares muito baixos, embasadas em uma percepção mais
realista sobre a evolução dos negócios. “O ajuste para baixo das
expectativas sugere que o setor demorará mais tempo que se previa
anteriormente para retornar ao crescimento”, concluiu a publicação.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário