terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Nubank, ameaçado de acabar, resolveu 76% de reclamações nos últimos 6 meses

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Banco Central anunciou diminuir de 30 para 2 dias o prazo de recebíveis, o que acabaria com o sistema de negócio da startup -


Criado oficialmente em 2013, o Nubank conquistou rapidamente adeptos em todo o Brasil, sobretudo, por oferecer cartões de créditos sem anuidade. Em pouco tempo, a startup que vive em ascensão, também viu suas reclamações crescerem no Reclame AQUI. Em 2015, foram pouco mais de 1 mil reclamações, ao passo que nos últimos seis meses, as queixas ultrapassam os 2,1 mil. Mesmo assim, no Reclame AQUI, o Nubank atendeu a todas as reclamações e conseguiu resolver 76,7% dos problemas, o que mantém a empresa com reputação de "Ótima" de acordo com a avaliação dos consumidores.
Nesta terça-feira, dia 20, porém, a empresa pode viver um apocalipse depois do anúncio do Banco Central em diminuir de 30 para 2 dias o prazo de recebíveis, o que acabaria com o sistema de negócio do Nubank. "Nós já fizemos algumas simulações. Com dois dias é apagar a luz e fechar a porta. Com 15 dias, a gente precisaria de quase R$ 1 bilhão de capital adicional do dia para a noite”, disse Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank em entrevista ao Estadão.
De acordo com reportagem do Tecmundo, os responsáveis por esta mudança são o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o atual presidente, Michel Temer, que buscam "impulsionar a economia". Como explica o Estadão, hoje, o lojista leva até 30 dias para receber o dinheiro pago via cartão por um consumidor. Agora, o governo busca encurtar esse processo.
A cofundadora do Nubank diz a mudança será um problema, já que trará um custo extra para todos os emissores de cartões de crédito. Além disso, quem vai sofrer com essa mudança são os bancos menores, como o Nubank, já que os grandes do mercado brasileiro — e global — têm uma capacidade de financiamento muito maior, como o Santander, o Bradesco e o Itaú Unibanco. 
Junqueira explicou o seguinte sobre o caso: “Atualmente, um cliente que usa o cartão pagará a fatura, em média, 26 dias depois. Assim, o Nubank, como emissor, receberá o dinheiro apenas após este prazo. Com o dinheiro, pagamos o adquirente (operador do cartão), que leva mais dois ou três dias para pagar o varejista. Isso dá o prazo de 30 dias”, descreve.

Nota do Nubank enviada para o site TecMundo

Desde 2014, o Nubank já emitiu mais de 1 milhão de cartões e tem uma receita via percentual descontado do valor repassado ao lojista — algo em torno de 5% (1,5% para Nubank e o resto para adquirente e bandeira). Caso o tempo caia de 30 para 2 dias, o Nubank será obrigado a pagar o adquirente antes de receber o pagamento da fatura pelo cliente. Para isso, será preciso pegar recursos no mercado, então a situação posterior não é nada boa:
 “Mudar dramaticamente, reduzir o prazo para dois dias, isso seria apocalíptico para a gente. Nós já fizemos algumas simulações. Com dois dias é apagar a luz e fechar a porta. Com 15 dias, a gente precisaria de quase R$ 1 bilhão de capital adicional do dia para a noite. E, mesmo que os outros bancos emprestassem o dinheiro, eu não tenho margem para pagar o custo mensal da dívida. Hoje, meu custo de capital é bem mais alto que 1,5%.”
As mudanças serão apresentadas amanhã pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. Como nota a fonte, "analistas acreditam que a redução do prazo de pagamento de lojistas pode ser fatal não apenas para alguns emissores, mas também para adquirentes menores".
Fonte: Tecmundo (via Estadão)
Fonte: Reclame Aqui 

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