O mercado financeiro passou a projetar inflação dentro da meta este
ano. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) caiu de 6,52% para 6,49%. A meta de inflação é 4,50% e limite
superior de 6,50%. A estimativa para o índice caiu pela sexta vez
seguida, segundo o Boletim Focus, feito com base em pesquisa do Banco
Central a instituições financeiras sobre os principais indicadores
econômicos. Para 2017, estimativa para o IPCA segue em 4,90%. A meta de
inflação para o próximo ano é 4,5%, com teto em 6%.
Diante da
recessão econômica e da melhora na inflação, o BC tem sinalizado que
pode intensificar o corte da taxa básica de juros, a Selic. Nas suas
duas últimas decisões, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC
cortou a Selic em 0,25 ponto percentual. Atualmente, a taxa está em
13,75% ao ano.
Para as instituições financeiras, a Selic
encerrará 2017 em 10,50% ao ano. A Selic é um dos instrumentos usados
para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação.
Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e
isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o
crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos,
a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção
e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
A projeção
de instituições financeiras para a queda da economia (Produto Interno
Bruto – PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) este
ano, permanece em 3,48%. Para 2017, a expectativa de crescimento foi
alterada de 0,70% para 0,58%, na nona redução consecutiva.
Fonte: EBC
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