quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

STF e agências reguladoras debatem aumento da conciliação


Image result for STF e agências reguladoras debatem aumento da conciliaçãoA presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, se reuniu hoje (21) com os presidentes das agências reguladoras para tratar de medidas visando reduzir a judicialização das questões que envolvem os serviços públicos. De acordo com participantes da reunião, a ministra pretende buscar parcerias com os órgãos para aumentar as medidas de conciliação.
Segundo o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jarbas Barbosa, a presidente do STF pretende reduzir a sobrecarga das ações no Judiciário.
“Ela está querendo aproximar o judiciário das agências, evitar a judicialização, no caso, da questão das agências, com mais conciliação e mais resolução no âmbito da própria agência, dando mais resolutividade para o cidadão e com menos sobrecarga do Judiciário”, disse Jarbas.
Cigarros aromatizados
Segundo o diretor da Anvisa, uma das questões mais importantes que envolvem a agência no Supremo é o julgamento sobre a comercialização de cigarros aromatizados. Em 2013, a ministra Rosa Weber, do STF, suspendeu a resolução da Anvisa, que proibiu a fabricação e venda de cigarros com sabor artificial. A questão deve ser julgada definitivamente em março do ano que vem pela Corte.
“O problema não é a questão específica sobre o cigarro saborizado. É o que a indústria do tabaco, por meio da CNI [Confederação Nacional de Indústria] questiona, o próprio marco regulatório. Se a tese deles estiver correta, é como se a gente só pudesse fazer regulação se algo ficar comprovado. No mundo inteiro, o sistema regulatório na área de saúde é exatamente o contrário”, disse.
De acordo com o diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (Antt), Marcelo Vinaud, o objetivo da reunião é ter uma agenda positiva para 2017 e encontrar medidas para reduzir o número de processos que envolvem o sistema de regulação brasileiro.
“Ela quer a colaboração das agências no sentido de criar semanas de conciliação, bem como dispositivos que possam diminuir o número de processos hoje no Judiciário”, finalizou.
Fonte: Agência Brasil

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