O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) voltou a acelerar na
terceira prévia de março com variação de 0,39%, resultado 0,04 ponto
percentual acima do registrado na segunda apuração do mês (0,35%). Entre
a primeira e a segunda pesquisa do mês, a taxa tinha apresentado uma a
diferença de apenas um ponto percentual ao passar de 0,34% para 0,35%.
O
levantamento é feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getulio Vargas (Ibre/FGV) em Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São
Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.
Em quatro das
oito grupos pesquisados, foram constatados aumentos no ritmo de
remarcação de preços com destaque para alimentação com alta de 0,42%
ante 0,25%.Os itens que mais pressionaram essa classe de despesa foram
os laticínios, que ficaram 1,02% mais caros sobre um aumento de 0,57%.
Em
habitação, o índice subiu de 0,72% para 0,94%, ainda sob a influência,
principalmente, da conta de luz (de 2,91% para 4,62%). No grupo despesas
diversas, a taxa passou de 0,70% para 0,80%, com a pressão vinda dos
cigarros (de 0,94% para 1,32%) e, em saúde e cuidados pessoais, houve
alta de 0,61% sobre uma elevação anterior de 0,56%. Neste último grupo, o
motivo foi a correção de preços dos artigos de higiene e cuidado
pessoal (de 0,17% para 0,76%).
Transportes têm queda de preços
Em
sentido oposto, ocorreu queda de 0,03% em transportes, após uma
variação de 0,23%, no levantamento da segunda prévia. O recuo foi
provocado, principalmente, pela redução no preço da gasolina (de -0,34%
para -1,22%). Já em comunicação foi verificada uma desaceleração (de
-0,51% para -0,77%), puxada pela tarifa de telefone residencial (de
-2,05% para -2,96%).
O aumento também foi menos intenso em
vestuário (de 0,25% para 0,12%) com variação de preços das roupas em
baixa (de 0,08% para -0,30%). Em educação, leitura e recreação , a taxa
recuou de -0,12% para -0,18%, um reflexo da perda de velocidade nos
reajustes dos ingressos para shows e outros eventos em salas de
espetáculos.
Os itens que mais pressionaram a inflação no período
foram tarifa de energia elétrica (4,62%), plano e seguro saúde (1%),
condomínio residencial (1,25%), refeições em bares e restaurantes
(0,46%) e leite tipo longa vida (2,39%).
Os que ajudaram a
compensar esses aumentos foram gasolina (-1,22%), tarifa de telefone
residencial (-2,96%), passagem aérea (-12,19%), etanol (-2,20%) e maçã
(-9,33%).
Fonte: EBC
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