A criação de 35.612 postos formais de trabalho em fevereiro foi
puxada pelo setor de serviços, informou o coordenador de Estatísticas do
Ministério do Trabalho, Mário Magalhães. Ele também ressaltou que o
emprego aumentou em três das cinco regiões do país: Sudeste, Sul e
Centro-Oeste. Os dados constam do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), divulgado ontem (16) pelo presidente Michel Temer e
pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
Na distribuição por
setores, os serviços foram responsáveis pela geração de 50.613 empregos
com carteira assinada em fevereiro, seguidos pela administração pública
(8.280), pela agropecuária (6.201) e pela indústria de transformação
(3.949). O serviços industriais de utilidade pública – que inclui
estatais de água e de energia – gerou 1.108 postos de trabalho no mês
passado. Os setores que mais demitiram do que contrataram foram o
comércio (-21.194), a construção civil (-12.857) e a indústria extrativa
mineral (-488).
De acordo com o coordenador do Ministério do
Trabalho, os números mostram o início da recuperação do emprego. Em
relação ao setor de serviços, ele destacou que, apesar de a educação
tradicionalmente puxar a criação de vagas em fevereiro, diversos
subsetores apresentaram reversão da tendência e passaram a contratar
mais do que demitir, como os de alojamento, de alimentação, de
manutenção e os ligados à área da saúde.
Em relação à
agropecuária, Magalhães citou a safra de soja e as culturas permanentes
de frutas como principal fator para a criação de empregos em fevereiro.
Na administração pública, ele citou a contratação temporária nas
prefeituras e nos governos estaduais. Apesar de o comércio ter
continuado a registrar perdas de postos de trabalho, ele ressaltou que o
comércio varejista criou 2.430 vagas no mês passado, o que, segundo
ele, indica início da retomada econômica.
Na comparação por
regiões, o Sul puxou a criação de empregos em fevereiro, com 35.422
novos postos de trabalho, seguido pelo Sudeste (24.188) e pelo
Centro-Oeste (15.740). Somente o Nordeste (-37.088) e o Norte (-2.730)
registraram perdas.
Segundo o coordenador do Ministério do
Trabalho, o desempenho do Sudeste foi puxado pela recuperação da
indústria em São Paulo e Minas Gerais. No Sul e no Centro-Oeste, ele
atribuiu a criação de empregos à agricultura e à indústria. A redução do
emprego no Nordeste, explicou, é sazonal e deve-se ao fim do ciclo da
colheita da cana-de-açúcar.
Na comparação por estados, São Paulo
liderou a criação de empregos, com 25.412 novas vagas, seguido de Santa
Catarina (14.858) e Rio Grande do Sul (10.602). Os estados que mais
cortaram postos de trabalho no mês passado foram Pernambuco (-16.342),
Alagoas (-11.403) e Rio de Janeiro (-8.172).
Fonte: EBC
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