O setor de serviços cresceu 1% em abril deste ano, depois de ter
fechado março com retração de 2,6% na série livre de influências
sazonais. Ainda assim, este é o melhor resultado para os meses de abril
desde os 2,1% de 2013 e o melhor resultado para o setor desde o 1,2% de
março último.
Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços
(PMS), divulgada hoje (14), no Rio de Janeiro, pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo com o crescimento de
abril diante de março, o setor de serviços encerrou os primeiros quatro
meses do ano com queda acumulada de 4,9%.
Os dados da pesquisa
indicam, ainda, que o setor acumula em abril, na comparação com abril de
2016 (série sem ajuste sazonal) retração de 5,6%, a maior para os meses
de abril de toda a série histórica e acompanhando as retrações de 5,2% e
de 5,3% de março e fevereiro na série do acumulado dos últimos 12
meses, sempre em comparação aos 12 meses imediatamente anteriores.
Quando comparado a abril do ano passado, a retração é de 5,6%.
Mesmo
com a queda na atividade de serviços, a receita nominal do setor em
abril acusou variação positiva de 0,5% em relação a março (série com
ajuste), embora tenha fechado com recuo de 0,4% na comparação com mesmo
mês do ano anterior (sem ajuste sazonal).
Com o crescimento de
abril, a receita nominal do setor fechou os primeiros quatro meses do
ano com crescimento de 0,6%, enquanto a dos últimos 12 meses ficou
estável (0,0%).
Resultado por atividade
Os
dados indicam, ainda, que, por atividade, o resultado de maior peso
sobre o indicador global foi a do segmento de transportes, serviços
auxiliares de transportes e Correios, que teve crescimento de 1% em
abril sobre março (série com ajuste). Os setores de serviços de
informação e comunicação e outros serviços registraram queda de 0,2% e
5,8%, respectivamente.
Números regionais
Regionalmente,
os maiores crescimentos no setor de serviços foram registrados na série
reajustada sazonalmente no Paraná (2,4% de março para abril, uma
variação positiva de 1,4 ponto percentual); Rio Grande do Sul (2,2%) e
São Paulo (2%).
Já as maiores variações negativas ocorreram no
Rio Grande do Norte, onde a queda no setor de serviços, ainda na série
livre de influências sazonais, foi de 6,6%; Rondônia (-6%) e Alagoas
(-4,6%).
Turismo
Ao avaliar o agregado
especial das atividades turísticas por unidades da Federação, que fechou
com resultado global negativo de 2% na comparação com março, na série
livre de influências sazonais, o IBGE destacou o comportamento do setor
no Distrito Federal, onde houve crescimento de 4,4%.
Os outros
números positivos em volume nas atividades turísticas foram anotados em
São Paulo (crescimento de 1,9%, mas ainda assim 3,9 pontos percentuais
superior à média do país de 1%, entre março e abril); e Pernambuco
(expansão de 0,8%).
Na outra ponta, destaca-se a queda no
Espírito Santo (- 12,6%). Também tiveram resultados negativos Minas
Gerais (-5,5%), Bahia (-5,3%), Ceará (-5%) e Rio de Janeiro (-3,6%). No
Rio Grande do Sul, o recuo foi de 2,8%; em Goiás (-1,6%); no Paraná
(-1,2%); e Santa Catarina (-0,4%).
Fonte: Agência Brasil
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