sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Consumidores preferem empresas reconhecidas por preservarem o meio ambiente, indica estudo


 O desejo de viver mais e melhor, aliado ao medo que catástrofes naturais ocorridas nos últimos anos impuseram, alertando para a necessidade de maior cuidado com o meio ambiente, tornaram o consumidor mais engajado e preocupado em comprar e consumir com consciência, sem exageros e desperdícios que impactem no planeta. Essa é a principal conclusão de um estudo feito com 1.138 internautas das cinco regiões do país numa parceria entre a consultorias Opinion Box, Mundo do Marketing e Dia. As respostas foram colhidas em outubro do ano passado e apresentadas nesta quinta-feira na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) do Rio.

Mais da metade dos entrevistadores respondeu, por exemplo, que costuma dar preferência a empresas ou marcas que sejam reconhecidas por cuidarem do meio ambiente (54%), que procura formas e embalagens menos prejudiciais de transportar produtos (56%), e costuma ler os rótulos para avaliar a quantidade de itens como sódio, glúten, lactose e conservantes (57%).
Por outro lado, temos uma indústria que essencialmente visa o lucro e, quando adotam ações sustentáveis, muitas vezes não as comunicam aos consumidores, ressaltou a diretora de Estratégia da Dia e professora da ESPM, Simone Terra:
— Temos um consumidor cada vez mais engajado e preocupado e, ao mesmo tempo, empresas que ainda visam muito o lucro e falham na comunicação sobre ações de sustentabilidade ou não as fazem porque geralmente implementar esse tipo de solução é algo caro, que requer uma mudança cultural.
Felipe Schepers, um dos fundadores, um dos fundadores da Opinion Box, endossa a opinião de Simone:
— As empresas precisam atentar para a sua função social, que deve ser prioritária. O lucro vem naturalmente.
A pesquisa também resultou em um índice de Consumo Consciente (ICC). Ele mostra que as pessoas estão consumindo com menos consciência em questões relacionadas à alimentação, saúde e bem-estar, que são exatamente os que influenciam na qualidade e expectativa da vida.
Em todas as categorias, o ICC aumenta entre os mais velhos, os que possuem filhos e os de maior renda. As mulheres possuem um ICC maior em todas as categorias, com exceção de alimentação e saúde e bem-estar, que tem uma pequena diferença dentro da margem de erro.
Fonte: O Globo 

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