O crescimento industrial de 0,6% em abril deste ano, na série
ajustada sazonalmente, sobre o mês de março, reflete expansão em apenas 5
dos 14 estados pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Os dados da Pesquisa Industrial Mensal
Regional (PIM-Regional) foram divulgados nesta sexta-feira (9) e indicam
que, ainda na série com ajuste sazonal, o principal destaque foi o
avanço de 1,2% registrado em Santa Catarina, que eliminou parte da perda
de 4% registrada em março último.
Logo em seguida vem o estado
de Pernambuco, Ceará e a Região Nordeste (ambos com variação de 0,6%);
Minas Gerais, teve crescimento de 0,5% - inferior à média nacional de
0,6%. Já no Espírito Santo a produção industrial ficou estagnada
(crescimento de 0,0%) e repetiu o patamar observado no mês anterior.
Entre
os estados que fecharam com resultado negativo, os destaques ficaram
com o Amazonas e o Rio de Janeiro (ambos com queda em seus parques
fabris de 1,9%); Paraná (-1,6%) e Goiás (-1,3%), que tiveram os
resultados negativos mais acentuados.
No caso do Amazonas, o
estado eliminou parte da expansão de 5,5% verificada em março último; no
do Rio de Janeiro, houve interrupção na expansão, depois de três meses
consecutivos de crescimento na produção (período em que acumulou ganho
de 4% de taxas positivas); em Goiás foi registrado o segundo mês de
queda consecutiva (acumulando retração de 4,5% no período).
Já a
queda de 1,3% verificada em Goiás reverte um período de quatro meses
consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou avanço de 13%.
As demais taxas negativas foram assinaladas por Rio Grande do Sul
(-0,8%), Pará (-0,8%), Bahia (-0,7%) e São Paulo (-0,1%).
Indicador anual
Indicador anual
Acumulado no ano
A
queda de 0,7% na produção industrial brasileira no resultado acumulado
nos quatro primeiros meses do ano, frente a igual período do ano
passado, reflete queda na produção em 6 dos 15 estados pesquisados,
segundo o IBGE.
O principal destaque negativo é a Bahia, cujo
parque fabril chegou a cair 8,2%, resultado que chega a significar uma
retração de 7,5 ponto percentual a mais do que a retração da média
nacional. O resultado da indústria da Bahia revela o comportamento
negativo vindo dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e
biocombustíveis (óleo diesel, naftas para petroquímica e óleos
combustíveis) e de metalurgia (barras, perfis e vergalhões de cobre e de
ligas de cobre).
Os demais resultados negativos foram
registrados no Ceará (-2,9%), na Região Nordeste (-2,9%), em São Paulo
(-1,9%), em Mato Grosso (-0,9%) e no Pará (-0,5%). O Rio de Janeiro
(5,2%), Espírito Santo (3,3%) e Santa Catarina (3%) apontaram os avanços
mais elevados no índice acumulado no ano.
Amazonas (2,6%), Goiás
(2,5%), Pernambuco (2,3%), Paraná (2,2%), Minas Gerais (2,0%) e Rio
Grande do Sul (0,4%) completaram o conjunto de estados com resultados
positivos nesse período.
Segundo o IBGE, nesses estados houve
maior dinamismo na fabricação de bens de capital (em especial aqueles
voltados para o setor agrícola e para construção); de bens
intermediários (minérios de ferro, petróleo, celulose, siderurgia e
derivados da extração da soja); de bens de consumo duráveis (automóveis e
eletrodomésticos da “linha marrom”); e de bens de consumo semi e
não-duráveis (alimentos, calçados, produtos têxteis e vestuário).
Fonte: Agência Brasil
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