terça-feira, 6 de novembro de 2012

IPI para carros será repassado quando desconto acabar, mas não integralmente, informa especialista

Economista acredita que empresas vão vender barato para esvaziar estoques.
O corte do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), em vigor desde o fim de maio e que refletiu em queda média de 5% a 10% nos preços dos automóveis com motor até 2.0, tem importante participação na redução dos valores das tabelas sugeridas pelas montadoras e daqueles efetivamente cobrados dos consumidores nas concessionárias.
O fim do benefício, prorrogado para 31 de dezembro, levará a uma alta dos preços, mas ela não será integral de imediato, acredita Fábio Romão, economista da LCA Consultores.
Como o início do ano costuma ser fraco em vendas, ele aposta que muitas empresas vão adotar como estratégia o mote "aqui o IPI continua reduzido" para tentar desovar as sobras do fim do ano.
Romão lembra que, em abril de 2010, quando o IPI voltou a ser cobrado integralmente depois de mais de um ano de redução, o repasse ocorreu aos poucos e não foi integral.
Naquele ano, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 5,9% e os preços dos automóveis novos caíram 1%. Em 2011, os carros tiveram deflação de 2,9%, enquanto o IPCA fechou em 6,5%.
De janeiro deste ano até metade de outubro, o IPCA-15, que é a prévia do IPCA (que será divulgado nesta semana), mostra que os preços dos carros novos já caíram 6,11%, ante uma inflação acumulada de 4,49%.
O carro novo tem peso de 3,25% na coleta de preços desse indicador.

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