sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Juros do cartão caem abaixo de 10% pela 1ª vez desde 1995

A taxa de juros média do cartão de crédito rotativo ficou abaixo de 10% ao mês, pela primeira vez desde 1995, por conta da redução de 9,99% nas taxas de juros no cartão neste mês, informou nesta quarta-feira a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, a Anefac.
De acordo com o coordenador de pesquisa da associação, Miguel José Ribeiro de Oliveira, as reduções podem ser atribuídas à melhora dos indicadores econômicos, bem como à maior competição no sistema financeiro após os bancos públicos promoverem reduções em suas taxas de juros. "Com isso não temos mais no País taxas mensais média de dois dígitos", afirmou.
Ainda de acordo com a Anefac, seis linhas de crédito pesquisadas para pessoa física foram reduzidas no mês. A taxa de juros média geral apresentou uma redução de 0,31 ponto percentual, correspondente a uma redução de 5,34%, passando a mesma de 5,81% ao mês em setembro/2012 para 5,50% ao mês em outubro/2012, sendo esta a menor taxa de juros desde 1995.
Para pessoa jurídica, das três linhas de crédito pesquisadas, todas foram reduzidas no mês. A taxa de juros média geral apresentou uma redução de 0,14 ponto percentual, correspondente a uma redução de 4,23%, passando a mesma de 3,31% ao mês em setembro/2012 para 3,17% ao mês em outubro/2012 sendo esta a menor taxa de juros desde 1999.
Considerando todas as reduções da taxa básica de juros (Selic) promovidas pelo Banco Central desde julho/2011, houve uma redução da Selic de 5,25 pontos percentuais. Neste período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma redução de 31,09 pontos percentuais, de 121,21% ao ano em julho/2011 para 90,12% ao ano em outubro/2012. Nas operações de crédito para pessoa jurídica houve uma redução de 15,60 pontos percentuais, de 61,03% ao ano em julho/2011 para 45,43% ao ano em outubro/2012.
Para os próximos meses, segundo a associação, o esperado é que as taxas de juros voltem a ser reduzidas por conta da melhora da economia, pela maior competição no sistema financeiro após os bancos públicos promoverem reduções em suas taxas de juros, além da expectativa de redução dos índices de inadimplência no segundo semestre.

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