Com a mudança de estratégia do governo em relação ao mercado
cambial e a consequente queda da cotação do dólar, o real tornou-se a
moeda com maior valorização do mundo neste ano, numa lista que inclui as
16 principais moedas do planeta. O real avançou 2,79% no ano até esta
terça-feira, liderando com folga o ranking das divisas, segundo dados da
agência Bloomberg News. Isso significa que o custo de comprar dólares
no Brasil caiu mais do que em outros lugares. Logo atrás do real,
aparece a coroa sueca, com avanço de 0,69%. Segundo especialistas, o
movimento deve continuar, com o governo perseguindo uma inflação menor.
Se
o real e coroa sueca se valorizaram no ano, as outras 14 divisas do
levantamento caminharam no sentido aposto desde do fim do ano passado.
Ou sejam, ficaram mais fracas frente ao dólar. Entre elas, as menores
desvalorizações foram do peso mexicano (-0,04%), dólar neozelandês
(-0,28%) e coroa dinamarquesa (-0,94%). E as maiores desvalorizações
foram no rand sul-africano (-4,13%), iene (-5,67%) e a libra (-6,92%).
Segundo Felipe Pellegrini, gerente da mesa de operações do banco Confidence, a valorização do real na contramão de outras moedas ocorre basicamente pelas intervenções do governo no mercado de câmbio, como as vendas de moeda pelo Banco Central (BC) e a revogação de medidas que impediam a valorização mais forte do real.
— Um dos motivos para o governo fazer isso é a preocupação com a inflação. O real valorizado torna os produtos importados mais baratos, o que ajuda a reduzir preços no país. Mas acho que não é apenas isso. A moeda tinha ultrapassado um limite de alta — explica Pellegrini. — Existe ainda mais espaço para a valorização do real pela frente.
Segundo dados da BM&FBovespa, os investidores estrangeiros, bancos e empresas apostam atualmente US$ 12 bilhões na valorização do real no mercado futuro de câmbio. Na outra ponta das apostas estão os investidores institucionais, como grandes fundos de investimento e de pensão. Um ano atrás, as apostas na valorização do real — ou seja, na queda do dólar — eram menores, de US$ 7 bilhões.
João Medeiros, diretor da corretora Pioneer, lembra que as apostas na valorização do real no ano passado foram frustradas pela atuação do governo, que atuou no sentido contrário para aumentar a competitividade das indústrias brasileiras. Em 2012, o real foi uma das moedas que mais perderam terreno para o dólar no mundo. O dólar comercial avançou 9,31% frente ao real, fechando o ano em R$ 2,043.
— O governo estava preocupado com o crescimento. A presidente Dilma Rousseff chegou a falar que o dólar precisava chegar a R$ 2,30. Não subiu tanto, mas acertou a inflação em cheio. Existem setores relevantes que são grandes importadores, como petroquímico, eletroeletrônicos, fármacos, química fica. E o governo precisou recuar. É uma clara falta de planejamento pela parte do governo — avalia Medeiros.
O dólar comercial fechou o pregão desta terça-feira com alta de 0,45%, cotado a R$ 1,984 na compra e R$ 1,986 na venda, influenciado pelo impasse político na Itália. No mercado de câmbio, o dólar se valorizou no exterior com os investidores vendendo ações e procurando ativos mais seguro.
Nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a atuação do governo no câmbio, assim como na taxa de juros e na carga tributária, fazem parte da “nova política macroeconômica”.
— Hoje temos um câmbio estabilizado em patamar mais realista e com baixa volatilidade. O câmbio é flutuante, mas com baixa volatilidade — disse Mantega, que participa em Nova York de um road show para atrair investimento em infraestrutura ao Brasil.
Segundo Felipe Pellegrini, gerente da mesa de operações do banco Confidence, a valorização do real na contramão de outras moedas ocorre basicamente pelas intervenções do governo no mercado de câmbio, como as vendas de moeda pelo Banco Central (BC) e a revogação de medidas que impediam a valorização mais forte do real.
— Um dos motivos para o governo fazer isso é a preocupação com a inflação. O real valorizado torna os produtos importados mais baratos, o que ajuda a reduzir preços no país. Mas acho que não é apenas isso. A moeda tinha ultrapassado um limite de alta — explica Pellegrini. — Existe ainda mais espaço para a valorização do real pela frente.
Segundo dados da BM&FBovespa, os investidores estrangeiros, bancos e empresas apostam atualmente US$ 12 bilhões na valorização do real no mercado futuro de câmbio. Na outra ponta das apostas estão os investidores institucionais, como grandes fundos de investimento e de pensão. Um ano atrás, as apostas na valorização do real — ou seja, na queda do dólar — eram menores, de US$ 7 bilhões.
João Medeiros, diretor da corretora Pioneer, lembra que as apostas na valorização do real no ano passado foram frustradas pela atuação do governo, que atuou no sentido contrário para aumentar a competitividade das indústrias brasileiras. Em 2012, o real foi uma das moedas que mais perderam terreno para o dólar no mundo. O dólar comercial avançou 9,31% frente ao real, fechando o ano em R$ 2,043.
— O governo estava preocupado com o crescimento. A presidente Dilma Rousseff chegou a falar que o dólar precisava chegar a R$ 2,30. Não subiu tanto, mas acertou a inflação em cheio. Existem setores relevantes que são grandes importadores, como petroquímico, eletroeletrônicos, fármacos, química fica. E o governo precisou recuar. É uma clara falta de planejamento pela parte do governo — avalia Medeiros.
O dólar comercial fechou o pregão desta terça-feira com alta de 0,45%, cotado a R$ 1,984 na compra e R$ 1,986 na venda, influenciado pelo impasse político na Itália. No mercado de câmbio, o dólar se valorizou no exterior com os investidores vendendo ações e procurando ativos mais seguro.
Nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a atuação do governo no câmbio, assim como na taxa de juros e na carga tributária, fazem parte da “nova política macroeconômica”.
— Hoje temos um câmbio estabilizado em patamar mais realista e com baixa volatilidade. O câmbio é flutuante, mas com baixa volatilidade — disse Mantega, que participa em Nova York de um road show para atrair investimento em infraestrutura ao Brasil.
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