Mulheres grávidas vão passar a receber a vacina contra a coqueluche a
partir do segundo semestre deste ano. A inclusão da DTPa (vacina
tríplice acelular que protege contra difteria, tétano e coqueluche) ao
calendário de imunização da gestante quer garantir que o bebê já nasça
com alguma proteção contra a doença, evitando que a infecção ocorra
antes dos 6 meses de idade.
Por
meio de nota, o Ministério da Saúde explicou que negocia com dois
produtores internacionais a aquisição das doses, com a possibilidade de
transferência de tecnologia. Outra estratégia do governo é alertar os
profissionais de saúde para que o diagnóstico da coqueluche seja feito
de maneira precoce e que o tratamento adequado com antibióticos seja
prescrito.
Ainda
segundo a pasta, países europeus e os Estados Unidos têm registrado
aumento de casos da doença desde 2010 – sobretudo entre crianças menores
de 6 meses, que ainda não estão protegidas por completo pela vacina
pentavalente.
“Outro
ponto a ser considerado é que nem a vacinação nem a infecção conferem
imunidade a longo prazo. Infecções em adultos podem acontecer. Por isso,
a vacinação da gestante pode também evitar que ela seja a fonte de
infecção para o seu filho, no período de vida em que ele ainda não
esteja devidamente imunizado”, informou o ministério.
Dados
do governo federal indicam que, em 2011, foram registrados 2.258 casos
de coqueluche no Brasil. Desse total, 70% foram em menores de 1 ano. Em
2012, o número passou para 4.453 casos (aumento de 97%), sendo que 85%
dos registros foram em menores de 6 meses.
Em
2011, 97,8% das crianças foram imunizadas contra a doença. Em 2012, a
cobertura vacinal chegou a 88,78% (dados preliminares até novembro). A
letalidade pela doença é baixa (2%). Em 2011, foram 56 óbitos. No ano
seguinte, 74 mortes foram registradas.
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